Menopausa não é sinônimo de falta de desejo
Queda dos níveis de hormônio são comuns nas mulheres perto dos 50 anos. Para evitar diminuição do desejo, elas devem desde cedo cuidar da alimentação e praticar alguma atividade física.
Como é doce o amor. O do aposentado Alfredo dos Santos e a dona de casa Mirta dos Santos, então. Já são 24 anos de felicidade. Mas esse casamento andou passando por momentos bem difíceis. "Eu sentia angústia, tristeza, falta de paciência com as filhas e com ele também", descreve Mirta. Alfredo viu quem ele sempre chamou de princesa se transformar. "Eu percebi que vida sexual caiu", conta.
Enquanto isso, do outro lado de São Paulo, na casa mais colorida da rua, a dona de casa Rita Nascimento da Silva se olhava no espelho e não gostava do que via. "Meu corpo começou a mudar. Eu fiquei gordinha, meus seios cresceram bastante", lembra. A vida da mulher vaidosa e alegre, de repente, ficou triste. "A gente se acha feia", diz. Auto-estima em baixa, mudanças no corpo, na cabeça. Muitas mulheres perto dos 50 anos acham que perderam o poder de sedução e começam a se sentir invisíveis. O climatério, fase que antecede a menopausa, mexe mesmo com elas. E é neste momento que os médicos dizem que é possível decidir como se quer passar o resto da vida. Olhar no espelho, por exemplo, e gostar da imagem nele refletida. O ânimo para enfrentar todas essas mudanças, Rita e Mirta foram buscar na Casa do Climatério, mantida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A chegada da menopausa não vai causar, necessariamente, a disfunção sexual. Isso é uma queixa comum porque tem uma queda tanto dos níveis de estrogênio como dos níveis de testosterona, que é o hormônio que dá o desejo sexual. Ele vai caindo com a idade", explica a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Não é preciso esperar o período da menopausa, em torno dos 50 anos. A mulher pode se preparar antes. Aos 40 e poucos anos, começar a ter uma atividade física e se alimentar melhor. Assim, ela chega à menoapusa sem sobrepeso e vai estar bem com ela mesma. Nesse momento, de bem com ela mesmo, vai ter uma boa resposta sexual", diz o ginecologista Ivaldo Silva, da Unifesp. Mirta fez todo o tratamento: acompanhou as palestras, conversou com as psicólogas, as dermatologistas e aprendeu a fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica. "Algumas queixas, como dificuldades de orgasmo ou de diminuição do desejo sexual, podem ser corrigidas quando conseguimos melhorar a condição muscular", diz a fisioterapeuta Michelle Cristina da Fonseca, da Unifesp. E em nenhum momento dessa busca por qualidade de vida Mirta esteve sozinha. "Muitos homens saem correndo, vão procurar outra. Você tem que ter paciência e esperar essa fase passar, porque ela passa", aconselha o marido dela. "Ele é companheiro em todos os sentidos. Quando eu preciso, ele está sempre me ajudando. Então, ele é meu príncipe também", retribui Mirta. De três em três meses, Rita volta à Casa do Climatério e sempre sai com alguma novidade. "O joguinho de dado é maravilhoso. Escrevemos no dado o que queremos que o parceiro faça conosco. Somos obrigados a fazer o que cair. Isso me ajudou", garante Rita, que já deixou de se sentir invisível. Encheu a casa de espelhos e agora gosta muito do que vê. "Agora, estou na pista. Estou aí à vontade", anuncia.
matéria tirada do globo reporter
Queda dos níveis de hormônio são comuns nas mulheres perto dos 50 anos. Para evitar diminuição do desejo, elas devem desde cedo cuidar da alimentação e praticar alguma atividade física.
Como é doce o amor. O do aposentado Alfredo dos Santos e a dona de casa Mirta dos Santos, então. Já são 24 anos de felicidade. Mas esse casamento andou passando por momentos bem difíceis. "Eu sentia angústia, tristeza, falta de paciência com as filhas e com ele também", descreve Mirta. Alfredo viu quem ele sempre chamou de princesa se transformar. "Eu percebi que vida sexual caiu", conta.
Enquanto isso, do outro lado de São Paulo, na casa mais colorida da rua, a dona de casa Rita Nascimento da Silva se olhava no espelho e não gostava do que via. "Meu corpo começou a mudar. Eu fiquei gordinha, meus seios cresceram bastante", lembra. A vida da mulher vaidosa e alegre, de repente, ficou triste. "A gente se acha feia", diz. Auto-estima em baixa, mudanças no corpo, na cabeça. Muitas mulheres perto dos 50 anos acham que perderam o poder de sedução e começam a se sentir invisíveis. O climatério, fase que antecede a menopausa, mexe mesmo com elas. E é neste momento que os médicos dizem que é possível decidir como se quer passar o resto da vida. Olhar no espelho, por exemplo, e gostar da imagem nele refletida. O ânimo para enfrentar todas essas mudanças, Rita e Mirta foram buscar na Casa do Climatério, mantida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A chegada da menopausa não vai causar, necessariamente, a disfunção sexual. Isso é uma queixa comum porque tem uma queda tanto dos níveis de estrogênio como dos níveis de testosterona, que é o hormônio que dá o desejo sexual. Ele vai caindo com a idade", explica a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Não é preciso esperar o período da menopausa, em torno dos 50 anos. A mulher pode se preparar antes. Aos 40 e poucos anos, começar a ter uma atividade física e se alimentar melhor. Assim, ela chega à menoapusa sem sobrepeso e vai estar bem com ela mesma. Nesse momento, de bem com ela mesmo, vai ter uma boa resposta sexual", diz o ginecologista Ivaldo Silva, da Unifesp. Mirta fez todo o tratamento: acompanhou as palestras, conversou com as psicólogas, as dermatologistas e aprendeu a fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica. "Algumas queixas, como dificuldades de orgasmo ou de diminuição do desejo sexual, podem ser corrigidas quando conseguimos melhorar a condição muscular", diz a fisioterapeuta Michelle Cristina da Fonseca, da Unifesp. E em nenhum momento dessa busca por qualidade de vida Mirta esteve sozinha. "Muitos homens saem correndo, vão procurar outra. Você tem que ter paciência e esperar essa fase passar, porque ela passa", aconselha o marido dela. "Ele é companheiro em todos os sentidos. Quando eu preciso, ele está sempre me ajudando. Então, ele é meu príncipe também", retribui Mirta. De três em três meses, Rita volta à Casa do Climatério e sempre sai com alguma novidade. "O joguinho de dado é maravilhoso. Escrevemos no dado o que queremos que o parceiro faça conosco. Somos obrigados a fazer o que cair. Isso me ajudou", garante Rita, que já deixou de se sentir invisível. Encheu a casa de espelhos e agora gosta muito do que vê. "Agora, estou na pista. Estou aí à vontade", anuncia.
matéria tirada do globo reporter
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