quinta-feira, 26 de março de 2009





Saúde da criança
Saiba como prevenir!
Existem doenças características da criança, principalmente em idade pré-escolar. Para combatê-las, é muito importante respeitar o calendário de vacinação logo após o nascimento. A seguir, conheça os problemas mais comuns na infância e como fazer para preveni-los.

Catapora
Catapora ou varicela, é uma doença causada por um vírus do grupo herpes. Normalmente, manifesta-se por febre e pequenas “bolhas” na pele, sendo contagiosa até que todos os ferimentos estejam cicatrizados, em torno de 6 ou 7 dias. O mais provável é que seu filho tenha feito contato com uma criança portadora do vírus, cerca de 2 semanas antes. Embora benigna, a catapora é muito incômoda, especialmente quando evolui com grande número de lesões na pele, que podem causar coceira, dor e dificuldades para se alimentar e/ou urinar.


Sarampo
É uma doença contagiosa, causada pelo vírus do sarampo. Devido às grandes campanhas de vacinação, as crianças que receberam as doses da vacina provavelmente nunca desenvolverão a doença, que também pode acometer os adultos. Os sintomas, em geral, são: febre, cansaço, tosse, pequenos pontos brancos na boca e na garganta e manchas vermelhas na face e corpo.


Rubéola
Embora prevenida com a vacina, é uma doença que pode ser muito perigosa. Os primeiros sintomas da doença são dor de garganta, náuseas e vômito. Após o quinto dia, aparecem lesões cutâneas, vermelhidão na pele, gânglios atrás da orelha e nuca.
Importante: Nas crianças, o vírus não causa muitos danos, mas se uma mulher grávida for contaminada, há grandes chances do feto ser infectado pela rubéola congênita, causando retardo mental, lesões de pele, hepatite e até autismo.


Calendário de Vacinação

Ao nascimento
BCG + hepatite B
1º mês
2ª dose de hepatite B
2º mês
Sabin + tríplice + Haemophilus b (Hib)
4º mês
Sabin + tríplice + Haemophilus b (Hib)
6º mês
Sabin + tríplice + Haemophilus b (Hib) + 3ª dose de hepatite B
9º mês
Sarampo
12º mês
Varicela (catapora)
15° mês
MMR (caxumba, sarampo, rubéola)
Editora responsável: Dra. Elisabete Almeida -
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quarta-feira, 25 de março de 2009


Conheça os benefícios da comida viva


Médico do SUS ensina receita que baixa a temperatura do fogão e aumenta o valor nutritivo de grãos, frutas e folhas.
Ismar Madeira Campos do Jordão, São Paulo
Prato do dia: verduras, legumes, frutas e sementes germinadas. É a comida viva! "Eu tomava remédio para pressão e não tomo mais. Emagreci dez quilos com uma alimentação natural que qualquer um pode fazer em casa", conta o aposentado Orlando Asse dos Santos.

Não é milagre. É o resultado da orientação médica, que seu Orlando recebeu em um posto de saúde de Campos do Jordão, em São Paulo. Tudo de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi com o médico Alberto Gonzalez, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ele e muitos outros pacientes começaram a aprender que comida é remédio. "Há influências bastante claras na obesidade, na constipação, na inflamação crônica, na dislipidemia – que é o desequilíbrio do colesterol –, nas doenças gastrointestinais e respiratórias e no diabetes", aponta Alberto Gonzalez. Mas, afinal, o que é comida viva? A receita é simples: nada pode ser cozido, frito ou assado. Os alimentos são de origem vegetal. E para começar bem o dia, um suco poderoso. Se uma pessoa que não tem uma doença diagnosticada nem se sente mal resolver experimentar esse alimento vivo, que resultados vai sentir? "É muito importante que eu, me apresentando como médico, diga que alimento vivo é bom para quem está doente, mas o alimento vivo é uma alimentação para quem está sadio e quer se manter sadio", esclarece Alberto Gonzalez. Decidi experimentar. Em dez dias, que resultados eu veria? "Em dez dias, vai haver uma grande liberação de água do seu corpo. Muita água retida vai ser eliminada. Você também vai notar mudanças no âmbito da digestão e da disposição, principalmente após as refeições, Você vai se sentir muito bem disposto", adiantou Alberto Gonzalez. Doutor Alberto troca o jaleco pelo avental. Hora de arregaçar as mangas e mostrar como se prepara o suco. "O grande equipamento é um liquidificador. Depois de tudo lavado, você começa a fazer o suco. Primeiro, picota o pepino. O pepino vai para perto da hélice, porque ele é um grande gerador de água. Aí vem a maçã. Vamos extrair a água do pepino, da maçã e das verduras orgânicas disponíveis com uma cenoura. E, finalmente, as sementes de girassol germinadas. Você pode usar só trigo, girassol, quinoa, gergelim, amêndoa. O ideal é a semente germinada”, ensina Alberto Gonzalez. Este é o grande segredo da comida viva: grãos germinados. E se você já está se perguntando como vai fazer para conseguir essas sementes, não se preocupe. "Em seguida, coamos. Fica uma massa consistente. É um coador de voal, que qualquer um pode ter. As pessoas com mais recursos usam uma centrífuga. É o café da manhã. É bom que seja um copo grande. Tem pão, manteiga, café e leite, só que em forma natural, viva e repleta de nutrientes vivos", ressalta Alberto Gonzalez.

Não é um suco ralinho, parece um leite ou algo muito cremoso.
É em um casarão que doutor Alberto Gonzalez ensina receitas de alimentos vivos. Alguns pacientes são encaminhados para o local e aprendem que, além do suco, podem fazer pratos coloridos e saudáveis, como a caldeirada de frutos do mato. Legumes ralados, picadinhos. Basta prensar os alimentos, uma técnica feita com as mãos, para controlar a temperatura da panela. Afinal, nos chamados alimentos vivos, legumes e verduras não podem ser cozidos. "Se começar a queimar as mãos, tem que desligar. Se não queimar a mão, não vai queimar os alimentos também", explica uma funcionária do hospital. “A carne é uma questão de herança cultural. Eu não vou chegar em uma aldeia de pescadores e dizer: parem de comer peixe. Comam o peixe, mas incluam na sua vida os alimentos que vêm da mãe terra. Porque eles vêm com a informação que você precisa", diz Alberto Gonzalez. "Não posso dizer que sou vegetariano.
Uma vez por mês eu não recuso um churrasquinho, mas também não sou escravo da alimentação. Como tudo que eu gosto, com uma certa regra", conta seu Orlando. "Sempre digo que tudo que é verde faz bem para o que é vermelho. Quem está com doença cardiovascular volte-se para o reino vegetal. Alimente-se de tudo que é verde possível que a recuperação cardiovascular vem a reboque", aconselha Alberto Gonzalez. Em casa, seu Orlando segue a orientação diariamente e faz questão de plantar suas verduras: "Eu aproveito qualquer cantinho. Uma jardineirinha da loja de R$ 1,99, um pouquinho de terra e brota um trigo bonito". A grama de trigo usada no suco nasce de sementes comuns compradas no supermercado e simplesmente jogadas por seu Orlando na terra. "Todos os espaços, o quintal do vizinho, por exemplo, eu coloquei trigo há 15 dias e já está nascendo. Temos couve e outras hortaliças espalhadas no meio da vegetação. Uso de sete a oito qualidades para fazer o suco por dia", conta. Será que é mesmo tão fácil assim? Nos dez dias em que testamos o suco também experimentamos a preparação dele, até em cozinhas de hotel. Se eu consegui, qualquer um consegue. Mas, antes, é bom lembrar: estávamos no restaurante de um hotel na cidade turística de Campos do Jordão, e as tentações estavam servidas. Eram 9h. Eu jantei no dia anterior, às 20h30. Ou seja, havia mais de 12 horas. O estômago já estava reclamando. A mesa do café da manhã era farta. Em vez de optar por tudo o que eu normalmente comeria, fiquei só com as frutas e o suco verde. Logo pegamos a estrada. Acompanhamos doutor Alberto Gonzalez até a casa de um paciente. A viola dá o tom. O lavrador Benedito Vicente da Rosa leva uma vida simples. Mora com a mulher no alto de uma colina, em um lugar onde não tem luz elétrica. Mas sobram ar puro e produtos tirados da terra sem agrotóxicos. Faltava saber como aproveitar todos os seus nutrientes. Foi o que seu Benedito aprendeu nas consultas pelo SUS. Visitas periódicas fazem parte do Programa de Saúde da Família. Há um ano, o lavrador mal conseguia ir ao posto de saúde, por causa de uma trombose na perna esquerda, uma ferida enorme não cicatrizava. "Estava muito machucado, era uma ferida só. Tinha um roxo que parecia uma lesão só. Tomei o suco e fechou tudinho, foi uma beleza. Eu já estava até desenganado", comemora o lavrador. Doutor Alberto Gonzalez explica: "Os vasos da perna dele não chegavam até a intimidade do tecido, por conta do problema vascular. O suco promoveu o fenômeno denominado neovascularização, de crescer novos capilares onde não tinha". Mas o médico alerta: "Se você está usando remédios e quer mudar para o suco, consulte um profissional médico. A pessoa que tem um problema grave de pressão arterial ou problema grave de perfusão sanguínea do próprio coração não pode parar de tomar o remédio. Eu trabalho usando remédios e o suco. Os remédios vão sendo tirados à medida que os resultados com o suco vão aparecendo. E isso depende da adesão do paciente". Seu Benedito se empenhou de verdade para ver o resultado. Afinal, o que já seria difícil na cidade grande poderia até ser impossível para quem vive sem energia elétrica – sem um liquidificador. "Tentei socar no pilão, mas espirrou muito. Tive que inventar outro modo. Daí, foi no ralador. Achei que foi importante", diz seu Benedito, que colhe os ingredientes, rala e espreme tudo com as mãos. "É um verdadeiro remédio. A perna sarou que é uma beleza! Não tem mais nada, está forte. Já estou imaginando até jogar bola. Eu gostava muito de jogar bola. Fazer isso todo dia é difícil, mas sem esforço ninguém consegue nada". A germinação dos grãos é que dá força ao alimento, potencializa os nutrientes. É o que garante a mais antiga pesquisadora da comida viva no Brasil, a designer e professora Ana Branco, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A primeira semente foi ela que plantou. Há 15 anos, Ana Branco reúne conhecimentos que ela passa adiante. Preste atenção: é o passo-a-passo para você também aprender a germinar as sementes na sua casa. "Colocamos a semente de girassol de molho na água. Vamos dormir e a semente vai acordar. São oito horas de molho na água. É o tempo de dormirmos e ela acordar. Na manhã do dia seguinte, jogamos a água fora e deixamos escorrendo em algum apoio por mais oito horas. Depois de oito horas de molho na água e oito horas no ar, é só darmos uma lavadinha antes de consumirmos. Podemos olhar o que aconteceu com a semente germinada. Dá para ver o narizinho que está nascendo. Nesse ponto, podemos consumir. Assim, comemos a energia vital contida nela. E ficamos forte que nem ela", diz Ana Branco. Para ela, uma filosofia de vida que germinou e deu frutos. Muitos já aprenderam os segredos da alimentação viva em cursos e em uma feira na PUC-RJ. "Nós começamos com o suco quando eu estava grávida da minha terceira filha. Meu marido faz o suco, fazemos para a família toda. Isso já acontece há três anos", conta a professora Rosana Cunha Pinto. "O grande barato é chamar as crianças para fazerem junto com você. Pede para uma pegar uma maçã, pede para outra segurar uma hortelã. E assim a gente vai cortando e preparando o alimento junto". Eu bebi suco durante dez dias. E não foi difícil, mesmo fora de casa, dormindo em hotéis, comendo em restaurantes. Logo no primeiro dia, eu fiz exames de sangue que mostraram que a minha saúde vai muito bem. Taxas como colesterol e glicose, por exemplo, estão ótimas. E, por causa disso, eu resolvi não mudar mais nada na minha alimentação. No almoço e no jantar, continuei comendo o que estou acostumado e gosto: arroz, feijão, carne. Mesmo assim, substituindo só café da manhã, o suco fez efeito. Perdi 2,1 quilos. Eu também senti outras mudanças que não podem ser medidas. A primeira: comecei a sentir menos fome nos últimos dias. E a segunda: mudança no apetite. Já não tenho tido mais tanta vontade de comidas pesadas. Pode ser resultado do suco.

Matéria retirada do globo reporter

terça-feira, 24 de março de 2009




Infidelidade é genética ou cultural?



Estudo sueco descobre que os infiéis têm semelhança genética. No Brasil, Sérgio Danilo Pena, um dos maiores geneticistas do país, defende que somos responsáveis por nosso destino.
A roda é alegre. A dança, sensual. E a regra, bem simples: trocar de parceiros. Animada, a roda de cassino alegra as noites de paulistanos. "Tarrito" é uma palavra muito usada em Cuba quando se fala em traição, infidelidade.
"Na dança é bem normal, e aqui funciona certinho. Do lado de fora já é um pouco diferente. Teoricamente, eu exijo fidelidade", diz o administrador Mairon Ferreira.
Enquanto eles e elas brincam de trair, há quem adore relações perigosas. O segurança Nelson Andrijic, o Nelsinho, 28 anos, não dança salsa. Ele faz boxe para relaxar e tem um coração enorme, digamos assim. É porque nele há espaço para mais de uma relação ao mesmo tempo. "Não tenho tipo preferido, tem que ter uma química. Eu gosto de todas", afirma Nelsinho, que também gosta da fama de conquistador. "Acho que eu puxei ao meu pai. Minha mãe largou dele porque ele era muito sem-vergonha, muito canalha. Ela dá risada", conta. O mundo está cheio de tentações. Resistir a elas em nome da fidelidade às vezes é bem complicado. Ser fiel ou infiel, eis a questão. Será que herdamos ou aprendemos, como na dança? Na Suécia, cientistas descobriram que homens infiéis têm uma semelhança genética. Seria, então, a tendência masculina para seguir os passos da traição? No Brasil, quase 70% dos homens que responderam à pesquisa sobre sexualidade admitiram que pelo menos uma vez na vida eles traíram. Bem diferente das mulheres. Entre elas, 43% disseram que também traíram os companheiros. A infidelidade seria genética ou cultural? Sérgio Danilo Pena, um dos maiores geneticistas do país, defende que somos responsáveis por nosso destino. "O infiel não pode culpar o gene", afirma o médico, que explica que cada pessoa tem cerca de 24 mil genes. Até agora, o que os cientistas suecos conseguiram provar é que os infiéis têm semelhanças em apenas parte de um gene. "Nós herdamos nossos genes dos nossos pais, mas também herdamos ética familiar, maneira de se comportar, exemplo. Todas essas coisas nos influenciam", explica doutor Sérgio Pena. A fidelidade é um das principais promessas dos casais. Era o que a comerciante Conceição Emery queria ouvir. Mas na hora H, o noivo declarou: "Prometo ser fiel a mim". "Eu fecho os olhos e lembro exatamente do momento em que ele falou", conta Conceição. "Hoje em dia a gente se diverte, mas na hora isso me assustou um pouquinho. Eu arregalei os olhos. Inclusive, tenho a foto que mostra aquele momento". "Não era exatamente isso que eu queria dizer naquele momento, mas valeu pela espontaneidade. De fato, eu acredito que as pessoas não podem ser fiéis quando elas não são fiéis aos seus princípios, quando ela não é fiel a si mesmo", diz o construtor César Malet. César e Conceição estão juntos há 22 anos e tinham 15 anos de união quando resolveram se casar formalmente. "Eu sou fiel a tudo aquilo em que eu realmente acredito, principalmente minha esposa", garante César. "Algumas mulheres falam que não botam o dedo no fogo pelo marido. Eu coloco meus dois braços em termos de confiança. Acredito realmente que ele é fiel", diz Conceição. Para a filha, a estudante Juliana Emery Malet, que foi dama de honra no casamento, essa confiança é construída no dia-a-dia. "Meus pais são o exemplo que eu quero para minha vida. Uma coisa que eu realmente quero para mim, porque eu vejo que há uma felicidade muito grande em casa", conta. É como no passo de dança: os dois estão na mesma coreografia, no mesmo ritmo, juntos em um compromisso que, segundo a pesquisa, para a maioria dos brasileiros não se sustenta sem sexo. "É muito difícil manter uma relação equilibrada quando a parte sexual está desequilibrada. Eu penso que quando acontece a infidelidade há um problema sério nesse aspecto do casamento", comenta César.


matéria retirada do globo reporter

segunda-feira, 23 de março de 2009







Amamentação do recém nascido pré-termo

Hoje vou falar sobre a alimentação do RN Pré-Termo......para quem não sabe Recém Nascido Pré-Termo é a criança nascida em um período inferior a 37 semanas de gestação, o que chamamos também de Recém Nascido Prematuro ou aquele "apressadinho".....srrsr......que nasceu "antes do tempo".

Leite de mães de recém-nascidos prematuros

Promover a nutrição ideal é um fator importante para elevar o índice de sobrevivência de RNPT. O objetivo da nutrição dos RNPT ainda é muito discutido, alcançar um crescimento pós natal que se aproxime do crescimento intra uterino do feto normal na mesma idade pós concepção, tem sido a lógica do presente. No entanto evitar a sobrecarga metabólica é de fundamental importância na nutrição do prematuro.A condição de prematuridade do RN determina variações na composição do leite materno, tornando-o bastante adaptado às necessidades do prematuro. O leite de mães de prematuros (LMPT), especialmente durante as duas primeiras semanas após o nascimento, contém concentrações maiores de calorias, gordura, proteínas, sódio e IgA, e menores concentrações de lactose, cálcio e fósforo do que o leite de mães de RN a termo. Quanto maior o grau de prematuridade maior é o teor protéico e de lipídeos.Com os avanços no conhecimento sobre a composição do LMPT e do balanço de nutrientes e crescimento do prematuro alimentado com leite humano, a oferta de leite da própria mãe para o pré- termo tem sido cada vez mais aceita na prática clínica diária, sendo quase um consenso mundial de que o melhor leite é o leite de peito ordenhado da própria mãe.Mesmo sendo questionado por alguns, o uso de leite materno (LM) para a alimentação do RNPT de muito baixo peso é recomendado. Alimentar o RNPT com leite da própria mãe proporciona efeitos benéficos que geralmente estão relacionados às melhorias da imunidade, digestão e absorção de nutrientes, função gastrointestinal, desenvolvimento neurológico e aspectos psicológicos da relação mãe - filho.Recém-nascidos prematuros alimentados com leite da própria mãe apresentam redução na incidência de sepse e enterocolite necrosante, doenças graves que apresentam alta taxa de morbimortalidade. Existem vários mecanismos que explicam esse efeito protetor: a melhor tolerância ao leite; a maturação da barreira da mucosa; a presença de constituintes como glutamato, nucleotídeos e fatores de crescimento; e inibidores de citoquinas pró - inflamatórias. Outro efeito importante de proteção do leite da própria mãe para o RNPT se faz através do sistema imunológico enteromamário, as mães expostas ao meio ambiente de unidades neonatais, podem induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos contra patógenos nosocomiais da unidade, que posteriormente estarão presentes no leite e protegerão seus filhos.Além das vantagens descritas anteriormente, com relação à utilização do leite da própria mãe para o RNPT, destaca-se, ainda a importância do contato pele-a-pele entre a mãe e o RNPT. Para as mães, o estresse causado pela hospitalização do RN pode afetar a manutenção da lactação. O contato pele-a-pele diminui a ansiedade materna e aumenta o volume de leite produzido. Por essa razão, é muito importante incentivar a mãe para que preserve a lactação. São descritas vantagens sobre o desenvolvimento neurológico em crianças que recebem leite de peito. Um dos fatores responsáveis, por um melhor desenvolvimento do sistema nervoso, é a presença de ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa, importantes na formação do tecido nervoso. Estes ácidos graxos estão presentes em altas concentrações no leite humano, contrastando com os leites de fórmulas.Morley e Lucas(2000), publicaram estudo randomizado sobre a utilização de leite humano ou fórmula láctea em prematuros durante o período neonatal e sua influência sobre o crescimento até 7,5-8 anos de idade. Observaram que a evolução do peso, perímetro cefálico e prega cutânea foram melhores nos recém-nascidos que receberam fórmula durante o período neonatal quando comparados com aqueles que receberam leite humano. Porém estas diferenças já não foram observadas nos mesmos RNPT aos 9 meses de idade e aos 7,5-8 anos de idade. Além disso os índices de massa corpórea não diferiram entre os dois grupos de RNPT.Portanto, além dos estudos prévios terem mostrado que o tipo de dieta pós-natal em prematuros tenha influência no desenvolvimento neurológico posterior, neste mesmo período, a dieta não influencia o crescimento e o conteúdo corpóreo de gorduras. Desta forma, baseando-se nos estudos podemos afirmar que uma boa nutrição neste período inicial da vida leva a efeitos benéficos no desenvolvimento a longo prazo, sendo um bom estímulo a uma atenção especial à nutrição do RNPT durante a sua hospitalização.

Características e composição do leite materno durante a lactação:
· Proteínas
- Nas primeiras duas semanas, o leite de mães de prematuros oferece um maior conteúdo protéico em relação ao leite de mães de RN a termo (3,5 a 4,0 g/Kg/dia), considerando uma ingesta de aproximadamente 180 ml/Kg/dia. Este conteúdo diminui quando o leite se torna maduro (2,0 a 2,5g/Kg/dia) após duas semanas de lactação. A qualidade protéica do leite humano é apropriada para o RNPT devido à relação caseína/lactalbumina mais adequada; encontramos 30% na forma de caseína e 70% lactalbumina, enquanto que o leite bovino possui 82% de caseína. A fração albumina é digerida mais facilmente e promove esvaziamento gástrico mais rápido. Além disso, o maior componente a a-lactalbumina, é um dos componentes da síntese de lactose pela glândula mamária. Outros componentes importantes da fração protéica do leite humano são a lactoferrina, a lisozima e a IgA secretora, proteínas específicas para a defesa imunológica.

· Lipídeos - Os lipídeos do leite humano correspondem a 50% do teorcalórico do leite; sua estrutura é particularmente adequada aos RN de muito baixo peso. Além disso, a digestão e a absorção destes lipídeos é facilitada pela estruturação da gordura em glóbulos e pela composição de ácidos graxos (elevada em palmítico, oléico, linoléico e linolênico), pela distribuição na molécula de triglicerídeos e na presença da lipase no próprio leite cuja ação é estimulada pelos sais biliares. O leite humano contém ácidos graxos de cadeia longa como o ácido araquidônico e docosahexaenóico, derivados dos ácidos linoleico e linolênico, respectivamente, importantes constituintes dos fosfolípideos encontrados no tecido cerebral e nas membranas eritrocitárias; estão associados funcionalmente com cognição, crescimento e visão. O leite das primeiras 2 semanas contem um maior teor destes lipídeos em relação ao leite maduro sendo a adição de fortificantes nesta fase não vantajosa por poder romper esta emulsão.O conteúdo de lipídeos varia aumentando ligeiramente com o decorrer da lactação e aumenta muito dentro de uma mesma mamada. O leite de início de mamada (fração solução) contem maior teor de elementos imunológicos e o de final de mamada contém maior teor gorduroso (fração emulsão). Quando em repouso, a gordura do leite se separa, a não ser que seja freqüentemente homogeneizada. A gordura ao se separar se adere ao frasco, sondas e seringas, com diminuição da oferta ao recém-nascido, sendo necessário evitar esta perda durante a dieta enteral com redução ao máximo de intermediários para a administração do leite ao RNPT.

· Hidratos de carbono - O leite humano contém lactose e oligossacarídeos. A capacidade de absorção desta lactose pelo RNPT é superior a 90%. Os oligossacarídeos são polímeros de hidratos de carbono importantes para a defesa do organismo pois sua estrutura mimetiza receptores antigênicos bacterianos e protegem a mucosa da ação de bactérias.·

Sódio e cloreto - A ingesta de sódio de 3 a 5 mEq/Kg/dia é suficiente para permitir um crescimento e manter os níveis séricos acima de 130 mEq/L em RN com peso inferior a 1500g e idade gestacional inferior a 34 semanas, durante as primeiras 4 a 6 semanas de vida. O conteúdo de sódio no leite humano é baixo após a segunda semana de lactação, e os níveis séricos deste íon devem ser monitorizados. É necessária a suplementação de 2 a 4 mEq/Kg/dia de cloreto de sódio, para estes RN, e 1,5 a 2,5 mEq/Kg/dia para RN entre 34 e 40 semanas gestacionais.·

Cálcio, fósforo e magnésio - As necessidades em cálcio, fósforo e magnésio aumentam após a 34a semana de gestação devido à mineralização óssea. Recomenda-se, para RN com peso inferior a 2000g, 132 a 175 mg cálcio/100Kcal, 102 a 120 mg fósforo/100Kcal e 5 a 7 mg magnésio/100 kcal. O conteúdo de Ca e fósforo no leite humano é inferior a estes valores, tanto no colostro como no leite maduro. O conteúdo de magnésio é semelhante ao preconizado. O consumo de leite não fortificado pelo RNPT de muito baixo peso pode resultar em déficit na mineralização óssea, que é verificado por volta de 52 semanas pós-natais. Enquanto que a necessidade de suplementação protéica e energética pode ser prevenida com a ingesta de volumes aumentados de leite humano, a suplementação de cálcio e fósforo parece ser necessária aos RNs amamentados ou alimentados com leite humano. Os elementos citados apresentam melhor biodisponibilidade no leite humano do que nas fórmulas, mas mesmo assim até o momento acredita-se que sejam insuficientes em quantidade aos RN de muito baixo peso, até que se alcance o peso do termo (3 a 3,5 Kg).·

Componentes de defesa imunológica-Imunoglobulinas: IgA (maior quantidade na forma secretora); IgM; IgG; IgD; IgE e complemento (C3/C4)-Células: polimorfonucleares e mononucleares-Lactoferrina: liga-se ao ferro e inibe bactérias e fungos-Lisosima: ação bactericida-Lactoperoxidase: oxidação de bactérias com atividade antimicrobiana - -Ácidos graxos: fator antiestafilococos e inativação de vírus- - Oligossacarídeos: fator de crescimento da flora bífida com ação protetora contra enterobactérias patogênicas.Os estudos demonstram uma menor incidência de infecções em RN de muito baixo peso que recebem o leite humano em relação aos que recebem fórmulas. Esta defesa se deve principalmente à presença da IgA secretora e da lactoferrina. A flora intestinal desenvolvida também é fator de proteção com menor desenvolvimento de flora patogênica. Sabemos que a produção de IgAs pelo sistema imune mamário envolve a presença de anticorpos protetores que são produzidos no organismo materno e transferidos ao leite. A mãe produz anticorpos específicos após exposição a antígenos estranhos e nas superfícies mucosas são incorporados ao leite e transferidos passivamente ao organismo do recém-nascido. Após o nascimento de um RNPT, a sua mãe não deverá ficar separada dele, pois a promoção de um contato pele a pele com a criança, entre outras coisas, pode auxiliar nas suas defesas imunológicas contra patógenos hospitalares.·

Leite humano -contem fatores importantes para a maturação e o crescimento cerebral, vários autores, como Lucas A. et al, desenvolveram estudos de seguimento e mostraram diferenças nos índices de avaliação intelectual com melhores resultados em crianças que receberam o leite de sua própria mãe quando comparados com filhos de mães que não os amamentaram, ou com recém-nascidos que receberam fórmulas lácteas. Além dos ácidos graxos de cadeia longa já citados, o leite humano contém peptídeos biologicamente ativos, cujo papel pouco conhecemos, além de todo o estímulo mãe-filho, tão valorizado quando ocorre a amamentação(Morley e Lucas,1999).·

Leite humano de banco - O Banco de leite humano é um centro especializado, responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite ordenhado de doadora para posterior fornecimento a recém-nascidos que não podem ser amamentados pelas suas próprias mães. O seu funcionamento estáregulamentado pôr normas do Ministério da Saúde e no Estado de São Paulo pela Vigilância Sanitária.Um dos principais processamentos aos quais o leite de banco é submetido é a pasteurização. Existem vários estudos avaliando os efeitos da pasteurização sobre os componentes imunológicos e nutrientes do leite humano. Oxtoby,1988 resumiu várias pesquisas neste sentido de diferentes autores. Conforme o autor, o leite humano após pasteurização mantém uma porcentagem elevada de IgA secretora, IgG, lisozimas, e lactoferrina,fatores estes importantes para a proteção das crianças prematuras, uma vez que nenhum outro leite sequer contém traços destes elementos. Carbonare et al, 1996 avaliando os efeitos da pasteurização sobre colostro e leite maduro não observaram alterações na capacidade do leite inibir a aderência de E. coli enteropatogênica às células epiteliais intestinais humanas. Portanto o leite pasteurizado não tem apenas a função de nutrir, como pensavam alguns, tem também a de proteger as crianças que o recebem.Em relação à composição de gorduras do leite de banco sabe-se que, se o leite for adequadamente processado e armazenado, haverá preservação de seu conteúdo e o valor calórico será adequado ao RNPT. A determinação da gordura presente no leite é importante pois ela é a principal fonte de energia para os recém-nascidos. Para tanto realiza-se a técnica do crematócrito, método simples cujo resultado é considerado como parâmetro de energia do leite da doadora, podendo-se obter resultados da ordem de 60 a 95Kcal/100 ml de acordo com o momento da coleta ao longo da mamada.·

Aditivos do leite humano (Fortificantes)

Nos recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP), a utilização de leite humano da própria mãe ou de banco pode ser insuficiente para suprir as necessidades em sódio, cálcio e fósforo, particularmente após a segunda semana de vida, o que acarretaria posteriormente uma mineralização óssea insuficiente(Shanler et al,1995).Cerca de 200 ml de leite humano por Kg de peso são necessários para fornecer ao RNMBP as necessidades energéticas diárias. O uso do leite humano exclusivo apresenta algumas limitações pela capacidade da mãe em promover um suprimento adequado, capacidade gástrica do recém-nascido e pelas conseqüências indesejáveis da sobrecarga hídrica.Por estas razões é prática comum alimentar o RNMBP com leite humano fortificado. A suplementação preserva as virtudes essenciais do leite humano e pode ser feita por diferentes técnicas. Uma das possibilidades é a utilização do próprio leite humano desidratado ou partes dele, entretanto não é prática comum, devido às dificuldades em se obter volumes grandes de leite para tais preparações. Muitos dos fortificantes disponíveis são obtidos do leite de vaca ou de hidrolisados de proteína, portanto o perfil de aminoácidos nestes casos é diferente do obtido com o leite humano, apesar de fornecer uma proporção maior de proteínas e minerais(Metcalff et al,1994). Vários estudos tem avaliado e comparado grupos de RNMBP que receberam leite humano fortificado com os que receberam fórmulas para prematuros, com resultados semelhantes em relação a ganho em peso, altura e perímetro cefálico. Entretanto o leite materno, sempre que presente, deve ser priorizado e a sua fortificação é uma prática desejável e leva a bons resultados. Existem relatos de maior ocorrência de intolerância gástrica com as preparações disponíveis no mercado, com a redução da concentração do produto no leite os RN toleram melhor a sua administração(Shanler et al,1999)Concluindo, segundo a literatura a melhor prática parece ser a associação de um manejo apropriado da lactação com técnicas de banco de leite para que se eleve o conteúdo de gorduras do leite, gordura essa de origem endógena, com melhora do ganho de peso das crianças, melhor absorção de cálcio a nível intestinal e com suplementação a base de fortificantes do leite humano. Para prematuros com idade gestacional inferior a 34 semanas e peso superior a 1500g, está indicado o leite humano não fortificado em volume de 180 a 200 ml/Kg/dia.

COLETA , ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DO LEITE DE MÃE DE PREMATURO ( LMPT )

Estimular a coleta do leite de mães de recém-nascidos prematuros surge como um recurso que permite a manutenção da lactação e o aleitamento adequado destes neonatos. É preciso que o leite coletado apresente o mínimo de contaminação bacteriana, para que mantenha sua qualidade microbiológica, assegurando as características responsáveis pelo valor biológico do leite e a segurança do recém-nascido. O armazenamento deve ser realizado de forma que sejam preservados seus nutrientes, mantendo sua qualidade. Diferentes formas de estocagem são possíveis: refrigeração com temperatura entre 0º C e 4º C, congelamento em temperaturas inferiores a 20º C, com ou sem pasteurização. A técnica mais conveniente para a conservação do leite a longo prazo é o congelamento, pois preserva imunocomponentes como IgG, IgA, lactoferrina e lisozima, além de inibir a atividade de crescimento bacteriano no leite fresco. O processamento apesar de poder levar à redução de imunobiológicos, é o melhor método para preparar o leite a ser estocado por longos períodos de tempo (maiores que 15 dias) além de torná-lo mais seguro para aleitamento cruzado (leite para outro RN que não o filho da própria mãe). Para a alimentação de RNPT de muito baixo peso, o ideal é armazenar o leite humano em alíquotas de pequeno volume para evitar o desperdício no descongelamento.

SITE:http://www.nutricaoclinica.com.br/content/view/291

sexta-feira, 20 de março de 2009

Menopausa não é sinônimo de falta de desejo

Menopausa não é sinônimo de falta de desejo

Queda dos níveis de hormônio são comuns nas mulheres perto dos 50 anos. Para evitar diminuição do desejo, elas devem desde cedo cuidar da alimentação e praticar alguma atividade física.
Como é doce o amor. O do aposentado Alfredo dos Santos e a dona de casa Mirta dos Santos, então. Já são 24 anos de felicidade. Mas esse casamento andou passando por momentos bem difíceis. "Eu sentia angústia, tristeza, falta de paciência com as filhas e com ele também", descreve Mirta. Alfredo viu quem ele sempre chamou de princesa se transformar. "Eu percebi que vida sexual caiu", conta.
Enquanto isso, do outro lado de São Paulo, na casa mais colorida da rua, a dona de casa Rita Nascimento da Silva se olhava no espelho e não gostava do que via. "Meu corpo começou a mudar. Eu fiquei gordinha, meus seios cresceram bastante", lembra. A vida da mulher vaidosa e alegre, de repente, ficou triste. "A gente se acha feia", diz. Auto-estima em baixa, mudanças no corpo, na cabeça. Muitas mulheres perto dos 50 anos acham que perderam o poder de sedução e começam a se sentir invisíveis. O climatério, fase que antecede a menopausa, mexe mesmo com elas. E é neste momento que os médicos dizem que é possível decidir como se quer passar o resto da vida. Olhar no espelho, por exemplo, e gostar da imagem nele refletida. O ânimo para enfrentar todas essas mudanças, Rita e Mirta foram buscar na Casa do Climatério, mantida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A chegada da menopausa não vai causar, necessariamente, a disfunção sexual. Isso é uma queixa comum porque tem uma queda tanto dos níveis de estrogênio como dos níveis de testosterona, que é o hormônio que dá o desejo sexual. Ele vai caindo com a idade", explica a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Não é preciso esperar o período da menopausa, em torno dos 50 anos. A mulher pode se preparar antes. Aos 40 e poucos anos, começar a ter uma atividade física e se alimentar melhor. Assim, ela chega à menoapusa sem sobrepeso e vai estar bem com ela mesma. Nesse momento, de bem com ela mesmo, vai ter uma boa resposta sexual", diz o ginecologista Ivaldo Silva, da Unifesp. Mirta fez todo o tratamento: acompanhou as palestras, conversou com as psicólogas, as dermatologistas e aprendeu a fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica. "Algumas queixas, como dificuldades de orgasmo ou de diminuição do desejo sexual, podem ser corrigidas quando conseguimos melhorar a condição muscular", diz a fisioterapeuta Michelle Cristina da Fonseca, da Unifesp. E em nenhum momento dessa busca por qualidade de vida Mirta esteve sozinha. "Muitos homens saem correndo, vão procurar outra. Você tem que ter paciência e esperar essa fase passar, porque ela passa", aconselha o marido dela. "Ele é companheiro em todos os sentidos. Quando eu preciso, ele está sempre me ajudando. Então, ele é meu príncipe também", retribui Mirta. De três em três meses, Rita volta à Casa do Climatério e sempre sai com alguma novidade. "O joguinho de dado é maravilhoso. Escrevemos no dado o que queremos que o parceiro faça conosco. Somos obrigados a fazer o que cair. Isso me ajudou", garante Rita, que já deixou de se sentir invisível. Encheu a casa de espelhos e agora gosta muito do que vê. "Agora, estou na pista. Estou aí à vontade", anuncia.

matéria tirada do globo reporter

Evite dores na coluna vertebral




Evite dores na coluna vertebral


A coluna vertebral é o eixo do corpo humano, sendo capaz de sustentar, amortecer e transmitir o peso corporal. Tem como principal característica a flexibilidade e suas funções são a proteção da medula espinhal, movimentação, manutenção da posição ereta e suporte do peso corporal.
Ela é composta por 33 vértebras sendo 7 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeos.
À medida que o recém-nascido adquire controle sobre seu corpo, a forma da
coluna progressivamente se altera ocorrendo uma modificação na curvatura. A curvatura cervical desenvolve-se à medida que a criança tenta erguer a cabeça, por volta dos 3 meses e se consolida na época de sentar e engatinhar. Já a curvatura lombar desenvolve-se quando tracionada nos esforços de ficar de pé, porém torna-se firme e consolidada por volta dos 2 anos de idade.
Estas curvaturas são compensatórias da
postura ereta assumida pelo homem, onde a cervical suporta o peso da cabeça e alivia em parte, a ação dos músculos da nuca em manter a extensão da cabeça e do pescoço. A lombar compensa a desvantagem da curvatura torácica (de concavidade anterior) e sustenta o peso do corpo. A curva tende a ser suave e gradual e a estes níveis a coluna é relativamente forte, porém, as áreas de transição de uma curvatura para outra são mais agudas, estão sujeitas a maior força de tração, possuem maior mobilidade e são potencialmente mais vulneráveis.
Devido as várias curvaturas relacionadas à coluna e fatores como a
má postura, impacto, genética entre outros, relacionamos alguns problemas adquiridos ou deformidades congênitas da coluna vertebral. São elas:
Cifose: é também um desvio da coluna, mais facilmente percebido quando a pessoa está de lado, pois as costas ficam arqueadas, o tórax retraído e os ombros projetados para frente. Uma pessoa cifótica em linguagem popular é conhecida como corcunda. As cifoses lombares e cervicais geralmente são acompanhadas de escoliose e são conseqüentes ao crescimento desigual de vértebras. Lordose: desvio da coluna característico na região da bacia, causando uma curvatura exagerada no local. Pode ser uma compensação de uma cifose ou à flacidez muscular com ou sem aumento de peso anterior à coluna, como na obesidade ou gravidez .
Escoliose: é a deformidade em que a coluna apresenta uma ou mais curvaturas laterais da coluna. Pode ser funcional (ou fisiológica) onde a coluna curva-se lateralmente devido à diferença de peso nas duas metades do corpo em conseqüência de poliomielite, diferença de comprimento dos membros inferiores, a fraturas mal reduzidas, próteses mal adaptadas e joelho valgo; e estrutural (ou patológica) onde geralmente aparece na infância e é progressiva sendo a causa o crescimento desigual das vértebras.Hérnia de disco intervertebral: a parte mais central do disco que se localiza entre as vértebras, sai da estrutura da coluna causando dores muito fortes e até mesmo paralisação dos membros. Normalmente a hérnia de disco ocorre a partir da segunda década de vida, podendo ocorrer uma diminuição na capacidade do disco em absorver impactos e pressões, em razão de: desidratação progressiva, surgimento de fissuras, diminuição de sua altura, predisposição genética, alterações bioquímicas e ambientais.
Artrose: é a forma mais comum de reumatismo e uma das doenças mais freqüentes no ser humano, sendo um dos principais fatores incapacitantes do idoso. Popularmente conhecida como “bico-de-papagaio” é definida como um estado de progressiva deterioração da articulação vertebral. Com o tempo grande parte da cartilagem pode desaparecer completamente e na ausência parcial ou total desta cartilagem os ossos atritam diretamente entre si causando certo grau de inflamação, dor, limitação dos movimentos e crepitação. Com a evolução a articulação pode sofrer deformação visível ou palpável, que são os tão famosos bicos-de-papagaio.
Lombalgia: conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia é o conjunto de manifestações dolorosas na região lombar (região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da cintura) decorrente de alguma anormalidade nessa região. A persistência dos sintomas ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob o ponto de vista social, profissional ou afetivo, podendo gerar distúrbios de ordem emocional. Se você deseja prevenir ou até mesmo tratar os problemas de coluna, siga alguns passos:
a) Veja se você não está com alguns quilinhos a mais;b)
Ande a pé 1 hora por dia; c) Alongue os músculos posteriores do pescoço e da região lombar;d) Fortaleça os músculos posteriores da parte torácica das costas;e) Fortaleça os músculos abdominais;f) Amplie a elasticidade das articulações dos quadris (nada mais é do que trabalhar o alongamento, a elasticidade dos movimentos de abertura, como no balé, tanto na lateral como com uma perna na frente e outra atrás);g) Alongue os músculos isquiotibiais (aqueles que são curtos atrás das pernas e coxas. Um alongamento para esse grupo de músculo é aquele quando tentamos colocar as mãos no chão com as pernas abertas e os joelhos estendidos)
Fontes pesquisadas:
Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (http://www.itcvertebral.com.br)Anatomia Funcional da Coluna Vertebral (http://www.icb.ufmg.br)Coluna Vertebral - Biomecânica da Universidade de São Paulo (http://www.fm.usp.br)

Matéria do site: vilamulher.terra.com.br
Alívio na ponta dos dedos

Automassagem é um remédio que não custa nada, não tem contra indicação e liberta as pessoas de dores crônicas.

Ao longo da vida, muitas doenças costumam bater a nossa porta. Que tal escolher um caminho de mais vitalidade e equilíbrio? Percorrer uma trilha que nos livre da dor, do medo, da angústia? O mapa pode estar no nosso próprio corpo. Ele foi traçado pelos chineses há 5 mil anos. Quando chegou ao Japão, recebeu o nome de do-in, que significa caminho de casa. Um retorno para dentro de si mesmo.

"Quando nos tocamos, nos conhecemos mais. Percebemos onde estão as tensões do corpo. Percebemos quando precisamos parar para relaxar um pouco. O autoconhecimento nos ajuda muito", diz o homeopata e acupunturista Marco Giostri. Foi esse conhecimento milenar que ajudou a aposentada Ilma de Borba a enfrentar o drama provocado pela chuva em Santa Catarina. “Tinha muita angústia. Minha vontade era só chorar”, lembra. A água invadiu a casa dela. "Para depressão, eu comecei a fazer as massagens que eu já sabia. Para angústia e insônia, é na linha do pulso", diz. As imagens da tragédia ainda assombram muita gente. "De vez em quando, à noite, eu sonho que estou vendo aquela água suja", conta o aposentado Valdemar da Rosa. Dá para entender por que seu Valdemar anda com o intestino preso. A medicina tradicional chinesa diz que o intestino não funciona bem quando a pessoa sofre muita tensão emocional. Se a cabeça está cheia de preocupações, o corpo reclama e até adoece. Os moradores de Itajaí encontram no posto de saúde da cidade um remédio que não tem contraindicação, não custa nada e ainda está ao alcance das mãos de qualquer pessoa. Eles aprendem a praticar o do-in, que funciona através de um simples toque. A equipe do Globo Repórter acompanhou o primeiro encontro do grupo depois da enchente. Doutor Marco Giostri ouviu as histórias. As lembranças vieram à tona. "Perdi quase tudo, fiquei meio abalada. Quase morri afogada na enchente", lembra a dona de casa Angélica Inthurn. Quando a água subiu, a agente de saúde Apolônia Pereira, a Poli, ficou isolada com outras dez pessoas. Em meio ao desespero, ela ensinava como aliviar o medo e a ansiedade. "Ninguém conseguia dormir", conta Polia, que ensinava a técnica da massagem contra insônia para os desabrigados. Dois, três, no máximo, cinco minutos de massagem são suficientes. Importante é achar o ponto certo. "Sabemos que estamos no local certo porque encaixa e porque ele geralmente é um pouquinho mais dolorido que os demais pontos", diz doutor Marco Giostri. O do-in revela uma misteriosa ligação entre diferentes órgãos e partes do corpo. "A massagem na pontinha do dedo ajuda muito a fortalecer o coração. É indicada para quem tem pressão alta", orienta doutor Marco Giostri. A lateral do dedo indicador está ligada ao bom funcionamento do intestino. E seu Valdemar, que andava reclamando, logo ficou mais aliviado. "O efeito é imediato", comemora o aposentado. Para dor de cabeça, pressione entre o dedo polegar e o indicador. Dona Angélica é caloura na turma e fez o teste. Chegou com dor de cabeça e logo ficou aliviada. "Assim como dor de cabeça, dor de ouvido, dor de dente, dor nas costas, azia, cólica menstrual, enfim, sintomas agudos, melhoram imediatamente. No caso de situações mais crônicas, como depressão, ansiedade, labirintite, há necessidade de fazer a massagem todos os dias, várias vezes", esclarece doutor Marco Giostri. A medicina tradicional chinesa diz que saúde é movimento. E a automassagem estimula a circulação da energia vital. "O que se sabe hoje é que ela estimula nosso organismo a funcionar melhor, a se equilibrar melhor, liberando várias substâncias endógenas, que estão dentro do corpo, como antiinflamatórios, analgésicos, substâncias que fazem melhorar nosso humor, nosso sono e nossa afetividade", explica doutor Marco Giostri. Com 20 anos de profissão, a cabeleireira Izilda Silva Pereira não suportava mais o peso do secador. "Acho que são pelo menos 50 quilos em cada mão", calcula ela, que fez uma cirurgia e estava prestes a operar o outro braço quando descobriu o do-in. A automassagem não cura, mas alivia muito as dores provocadas pela bursite e tendinite. "Hoje eu consigo trabalhar mais e sofrer menos", diz Izilda. A aposentada Lindaura Maria de Olinda transformou o do-in em um ritual diário. Faz massagens para memória, rinite, coluna. Ela tem uma hérnia de disco e não conseguia mais levantar da cama sozinha. O resultado das massagens diárias impressiona. Depois de três meses fazendo do-in, dona Lindaura voltou a caminhar. "Parece que destrancou alguma coisa dentro de mim. Tudo em mim estava trancado", diz a aposentada. A aposentada Jair Pezzini sofria fortes dores nos ossos, seqüelas da quimioterapia. “Aprendendo do-in, eu comecei a aplicar e melhorei bastante do problema de coluna. Decidi repassar o conhecimento porque temos que passar para os outros – até por obrigação – tudo que aprendemos de bom”, diz ela, que pratica o do-in uma vez por semana com voluntárias e pacientes de uma associação de apoio a quem tem câncer. "O ponto do enjôo, que fica três dedos acima da linha do pulso, deve ser apertado de dois a três minutos", orienta uma voluntária. Juntas, elas mandam as dores embora. "Na região do peito, guardamos nossas mágoas, angústias, tristezas, emoções. E muitas dessas coisas nos trazem estados depressivos. O exercício do Tarzan faz com que liberemos isso tudo", ensina dona Jair. "Melhorar a qualidade de vida e promover saúde está em nossas mãos", finaliza doutor Marco Giostri.

matéria retirada do globo reporter
Medicina indiana utiliza mais de 500 ervas

Gengibre, que pode ser encontrado no Brasil, age contra as doenças respiratórias.
Francisco José Pune, Índia
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Talvez nenhuma outra medicina use tanto as plantas como a medicina tradicional indiana, conhecida como ayurveda, a ciência da vida. Muitos vão buscar tratamento na cidade indiana de Pune.

A equipe do Globo Repórter acompanhou a médica ayurvédica Sonali Shinde e uma aluna brasileira dela, Joana Rodrigues, na feira. Logo que chega ao mercado, a médica vai identificando todas as ervas. Mais de 500 podem ser usadas nesse tipo de medicina. Logo fomos apresentados ao amalaki. Parece uma ameixa, mas não tem no Brasil. É muito valorizado na ayurveda por ter cinco sabores em uma só fruta: é doce, amargo, azedo, apimentado e adstringente. Só não é salgado. Mas no mercado de Pune é possível encontrar produtos bem conhecidos dos brasileiros. Um produto que tem muito no Brasil, o gengibre, é da maior importância na medicina ayurveda. “Quando cozinhamos os legumes, usamos gengibre. Ele digere as toxinas no corpo e age contra as doenças respiratórias, como a sinusite”, diz a médica Sonali Shinde. A doutora explica que a hortelã age contra o que a medicina indiana chama de vata, a força do ar: reduz dores e gases abdominais e por isso acompanha bem as comidas mais pesadas. Seguimos nossa busca pelo mercado de Pune. “O abacaxi é ótimo para melhorar o tecido sanguíneo, mais especificamente o plasma. E é ótimo também para eliminar vermes e lombrigas. Então, mesmo como medida preventiva, de vez em quando deve-se comer abacaxi”, orienta Joana Rodrigues. As cenouras, que na Índia são avermelhadas, são usadas nos doces. “A goiaba tem uma propriedade adstringente também. Tudo o que é adstringente fecha as glândulas salivares. Então, paramos de ter vontade de comer mais. Por isso, é ótima para depois das refeições”, diz Joana Rodrigues. Feitas as compras, doutora Sonali Shinde nos convidou para ir até a casa dela. Ela preparou a refeição com os produtos que comprou na feira. Enquanto elas preparavam o almoço, fomos conhecer os alimentos mais importantes para a ayurveda, que ajudam a conseguir uma saúde perfeita. Podem ser consumidos por qualquer tipo de pessoa, em qualquer estação. O arroz, cultivado em 60 dias, deve ser consumido um ano depois da colheita. Feijão mungo, um tipo de feijão verde, comum na Ásia, é de fácil digestão. E também passas pretas, mel, romã, abóbora – que no Nordeste tem o nome indígena de jerimum – e amalaki – a fruta dos cinco sabores, único desses alimentos que não tem similar no Brasil. “Ela é rejuvenescedora. Mesmo cozida e seca, não perde a vitamina C. E tem cem vezes mais vitamina C que a laranja”, ressalta Sonali Shinde. Depois, sobre folhas de bananeira, Sonali Shinde e Joana Rodrigues foram servindo a refeição. Um pouco de sal, limão, uma pasta de pimenta, romã, pão indiano. Mais uma vez, sabores variados. Na Índia, a refeição começa pela sobremesa. E tem que ser com a mão direita. No início da refeição, o doce tira a fome mais intensa. Mas tem ainda algo curioso: soro de leite de uma vaca feliz. É isso mesmo: os indianos dizem que, para o leite ser bom, a vaca tem que viver solta, nos campos e nunca confinada. Espinafre com queijo branco, arroz com um pouco de manteiga cozida em cima e batata com gengibre, alho, pimenta e coentro. “É uma refeição completa para uma pessoa ativa. Ela tem todos os seis gostos, é equilibrada. Você não come apenas arroz, não come só trigo, ou apenas comida crua. A ayurveda não aconselha isso. Um pouco de cada coisa é bom para o seu corpo”, ressalta Sonali Shinde. Para quem está acostumado a comer carne é um pouco difícil. Mas uma recomendação da medicina indiana serve para todos: sempre que der, deixe de lado as comidas prontas. “Cozinhe só o que você precisa e coma em seguida. Este é o mantra da saúde”, define Sonali Shinde.

matéria retirada do globo reporter

Pimenta emagrece e reduz o colesterol

Pimenta emagrece e reduz o colesterol

Fruto reúne uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas.
Turuçu é a capital brasileira da pimenta vermelha. Na cidade do sul gaúcho, ela é plantada há mais de cem anos. E o orgulho com o produto da terra está em toda parte: na rua principal e nas lavouras cultivadas por descendentes de imigrantes alemães. Do trabalho de pequenos agricultores brota um poderoso remédio natural.

“Dizem que é bom para a saúde. Graças a Deus, até hoje nunca tive problema nenhum”, assegura o agricultor Leomar Nörnberg. Na casa dele, é acompanhamento para todos os pratos. Para usar como tempero, a agricultora Leni Nörnberg dá a receita: “Coloco vinagre, depois dou uma sacudidinha e deixo curtindo durante um dia ou dois. É bem fácil. Dá para botar em qualquer comida”. De acordo com especialistas em saúde, o hábito da família de seu Leomar deveria ser repetido em todas as mesas. Os benefícios da pimenta são conhecidos há muito tempo. Nas Américas, o fruto já era usado até para aliviar dor de dente e de estômago. Isso há pelo menos dois mil anos. Quem coloca a pimenta no dia-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas – benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência. Uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) comprovou que a pimenta diminui mesmo o risco de doenças cardiovasculares, maior causa de mortes no Brasil. Por duas semanas, um grupo de ratinhos recebeu, todos os dias, uma pequena dose de extrato de pimenta-dedo-de-moça, a mais consumida no país. No fim do período, sangue foi coletado e comparado com o de ratinhos que não receberam a pimenta. O resultado impressionou os pesquisadores. “Nós tivemos uma redução bastante significativa, em torno de 45%, do colesterol total desses animais. Uma redução do colesterol total, tanto em humanos quanto em cobaias, mostra que há um risco menor do desenvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose”, diz a nutricionista da PUC-RS Márcia Keller Alves. Em outras palavras: menor risco de enfartes. O que reduziu quase pela metade a gordura do sangue nos ratinhos foi a capsaicina, o princípio ativo da pimenta, que dá a ela o gosto ardido. “É esse princípio ativo que faz com que a pimenta seja benéfica à saúde. Então, quanto mais picante mais capsiacina. E quanto mais capsiacina mais benefícios com o consumo da pimenta”, esclarece Márcia Keller Alves. A capsaicina atua em várias áreas do corpo: alivia dores de cabeça, controla os níveis de glicose no sangue, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. É até um aliado para quem quer entrar em forma. “É uma substância estimulante do metabolismo. A pessoa passa a gastar mais calor através do que come. Então, isso ajuda na obesidade. Ela só vai se beneficiar com um ingrediente natural”, afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky. Ainda falta determinar quanto é necessário consumir para que a pimenta traga todos esses benefícios. O que se sabe é que o brasileiro come muito pouco. Na Tailândia, por exemplo, ela é a estrela das receitas simples e sofisticadas. Lá, o consumo chega a dez gramas por dia. No Brasil, não passa de meio grama por pessoa. Para que a pimenta saia do papel de coadjuvante e se torne o ingrediente principal, é preciso pegar o fruto e inventar. Criar receitas que agradem não só a quem procura a ardência, mas também – por que não? – a doçura da pimenta. Produtos que saem de agroindústrias familiares, com a da produtora rural Verônica Tuchtenhagen e do aposentado Otávio Tuchtenhagen. Antigamente, a família vendia a pimenta seca e moída. Quanto trabalho, lembra o pai, que tem 82 anos. “Eu lembro que plantei pimenta com 12 anos de idade. Às 5h, tinha que ir lá e cortar”, conta seu Otávio. “Hoje transformamos a pimenta ‘in natura’ em vários pratos: em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas, chocolate. Um mundo com pimenta”, descreve dona Verônica. A receita que mais vende é a da geléia, criada com o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para conquistar o paladar até de quem não gosta do sabor ardido da pimenta. É feita com o fruto “in natura”, bem do jeito que os médicos recomendam. A pimenta vai ao fogo misturada com açúcar, água, ácido cítrico e pectina, uma mistura que, no início, nem dona Verônica acreditava que daria certo. “Não vou mentir, tínhamos uma pequena dúvida. Me surpreendeu muito porque enquanto eu vendo cem vidros de geléia com pimenta transformada, vendo dez de morango sem pimenta. A pimenta fez um sucesso”, comemora dona Verônica. Para ver se os novos produtos de pimenta têm chance de cair mesmo no gosto popular, a equipe do Globo Repórter levou o doce de leite com pimenta e a pimenta em calda para fazer um teste com os consumidores. “É meio forte, mas é gostoso. Senti a pimenta”, conta a estudante Sylvia Waldman. “Eu não senti muito. É natural, um docinho gostoso. Mas bem no finzinho sentimos um pouquinho”, diz a dona de casa Áurea do Prado. “Ela acentua o paladar, mas é saborosa”, avalia o aposentado José Castro. “Me surpreendi, porque pimenta geralmente é forte. E essa bem gostosa”, elogia a professora Priscila da Silva.

matéria retirada do globo reporter

Salsa pode combater as doenças do coração

Salsa pode combater as doenças do coração

Componentes químicos do tempero mais comum da mesa brasileira impedem a formação de coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.

É notícia boa. E vem das universidades brasileiras: sabores variados e saúde em dia têm tudo a ver. Os pesquisadores não precisaram ir longe para encontrar as primeiras pistas.

“Salsa batidinha por cima do salpicão, do arroz de forno. Eu uso salsa para tudo, porque ela também faz bem para o coração”, diz a aposentada Dirce Corrêa. No Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, o conhecimento é passado de geração em geração. Dona Dirce, dona Olinda, dona Célia, dona Fátima: vidas inteiras dedicadas às ervas brasileiras. “A salsa serve para tempero e serve para os rins. O chá é um santo remédio para expelir pedras dos rins”, afirma a feirante Fátima Barros. Que a salsa era boa para os rins, a ciência já sabia. Mas uma pesquisa com moradores do estado do Rio surpreendeu os especialistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O farmacêutico Douglas Chaves descobriu o que estava na boca do povo: a salsa, além de diurética, afina o sangue. “Nós observamos que a população utiliza essa espécie para fins medicinais e, principalmente, para o afinamento do sangue”, conta o farmacêutico. Será? O jeito foi pesquisar. “Fazemos um processo de extração das substâncias da salsinha através do cozimento da planta realizado sob um aquecimento”, explica o farmacêutico Douglas Chaves. A pesquisa trouxe uma descoberta sensacional: o tempero mais comum da mesa brasileira pode combater um dos males mais comuns da Humanidade: as doenças cardiovasculares, que atingem hoje 30% da população em todo o mundo. Os pesquisadores ainda procuram algumas respostas. Qual é a quantidade necessária de salsa para prevenir as doenças circulatórias na população em geral e qual é a dosagem que pode funcionar como remédio para os pacientes com trombose? Na busca das repostas, eles já chegaram a algumas conclusões animadoras. Componentes químicos da salsa agem na circulação. Eles impedem a formação de trombos, coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames. Flávia faz uma demonstração. Uma amostra de plasma que não teve contato com a salsa fica gelatinosa depois da coagulação. Enquanto isso, o plasma sanguíneo que teve contato com a salsa permanece líquido por um longo tempo. Isso mostra que a salsa inibe a formação dos coágulos. A salsa só deve ser evitada pelas mulheres grávidas, pois pode provocar sangramentos. “No fundo, nossas avós estavam certas. Estamos mostrando que, realmente, a salsa 'afina' o sangue, serve para melhorar a circulação e prevenir a formação de trombos”, diz a bioquímica Russolina Zingali. Com as novas descobertas, a salsinha, que todos conhecemos tão bem, pode virar um grande remédio. “Uma pílula de salsa”, adianta Russolina Zingali. Eles são muito fáceis de achar, estão em todas as feiras, em qualquer mercado. Afinal, não dá para cozinhar sem os temperos. E o melhor: são baratos. Mas nem sempre foi assim. As especiarias já foram muito cobiçadas. E, acredite, elas tiveram o peso cotado em ouro. Era o tempo dos descobrimentos, e os temperos serviam para conservar os alimentos. Hoje, mais do que nunca, a ciência confirma o imenso valor das especiarias. E na raiz de todas essas descobertas está a sabedoria popular. A feirante Olinda Ribeiro Costa é uma apaixonada por temperos. Na feira, ela contou que tem em casa um cantinho com tudo de que precisa. “Fica no terraço. É um pedacinho que eu adoro”, diz. No alto, protegido do sol pela caixa d'água, está o cantinho de saúde de dona Olinda. Tem um pouco de tudo. “É muito bom chegar e pegar um galhinho”, diz dona Olinda. E, como sempre, as dicas do uso dos temperos para a saúde vão surgindo. “O alecrim é bom para resfriado porque é expectorante”, explica dona Olinda. Alecrim contra gripe? E não é que dona Olinda tem toda a razão? A comprovação é feita por uma das melhores universidades do país, a Universidade de São Paulo (USP). A Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda os temperos há mais de 20 anos. E uma das conclusões mais recentes é que o alecrim combate o vírus da gripe. O trabalho foi feito em conjunto com o Instituto Butantã. “Nós estudamos o vírus da gripe, que é o influenza, e observamos que os extratos do alecrim diminuem a replicação viral”, conta o cientista em alimentos da USP Jorge Mancini Filho. Tudo na cozinha de dona Olinda leva um pouco de verde. No frango, vai sálvia, alfavaca e alecrim. Mas os poderes dessa planta tão cheirosa não param aí. Em testes com animais, a nutricionista da USP Ana Mara Silva descobriu outras qualidades do alecrim: um remédio poderoso contra as complicações de saúde dos diabéticos. “Pelos resultados, reduziu o colesterol total, os triglicerídios – que são todas as gorduras, que no diabetes estão muito envolvidas com as doenças do coração”, explica Ana Mara Silva. No mesmo experimento, o extrato de alecrim preveniu a catarata, as doenças nos rins e na retina, que são comuns nos diabéticos. É por isso que o experiente professor Mancini põe o alecrim no topo da lista de temperos indispensáveis na nossa mesa. “O alecrim é considerado a especiaria, associada a todo o conjunto de outros vegetais, com maior atividade antioxidante. É o campeoníssimo”, afirma. Todos têm antioxidantes, compostos químicos que combatem os radicais livres, aquelas substâncias que provocam o envelhecimento do corpo. As descobertas no Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, não terminaram. A feirante Fátima Barros conta que a mãe, a feirante Célia Diniz da Costa, de 78 anos, criou uma mistura poderosa. Dona Célia, que tem sérios problemas de circulação, diz que se mantém em pé, trabalhando, por causa das ervas que usa em chás e na comida. Dona Fátima revela os ingredientes do tempero de dona Célia: “Hortelã-pimenta, alfavaca, sálvia, manjerona, aipo, que é o salsão, alho-poró, manjericão e hortelã comum. É o tempero da vovó. Ela usa para temperar frango, carne, arroz, feijão. Lá em casa tudo é feito com isso. É muito difícil alguém ficar gripado”. O Globo Repórter foi conhecer o segredo do tempero de dona Célia. Na cozinha, todos os temperos são bem lavados. Primeiro, elas põem um pouco de óleo e quatro cabeças de alho. Depois, vão acrescentando os maços de temperos, um a um: hortelã, hortelã-pimenta, sálvia, alfavaca, manjerona, alho-poró e aipo. Para completar, cebola e pimentão vermelho, para dar cor. “Esse trabalho vale a pena porque gastamos menos horas descascando alho e socando cebola, essa lenga-lenga toda. Já fica tempero para toda a família”, conta dona Célia. A mistura ainda leva sal. Depois de pronto, o tempero é distribuído em potinhos para toda a família. “É um potinho para cada um”, diz dona Fátima. Que é gostoso, ninguém duvida. Mas e os benefícios para a saúde? De Madureira para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O potinho da vovó Célia chegou longe. A professora Gláucia Pastore é uma grande conhecedora dos poderes dos alimentos. Ela fica animada com a riqueza da mistura de dona Célia e destaca as suas propriedades: as vitaminas do Complexo B, as fibras, os antioxidantes. “Consumindo esse tipo de tempero, a pessoa ganha a manutenção da saúde, mais reforço, mais defesa para enfrentar os diversos sistemas invasivos, microorganismos, doenças contagiosas, infectocontagiosas. A pessoa vai estar mais defendida”, explica a cientista em alimentos. A professora Gláucia Pastore diz que as qualidades de cada tempero são reforçadas com a mistura. E confirma: dona Célia tem razão quando diz que o tempero ajuda a manter a saúde da família. Gláucia Pastore revela os temperos que não podem faltar na cozinha brasileira: alho, cebola, alho-poró, sálvia e hortelã. E dá uma última dica: “Geralmente, quando se trata de compostos bioativos, mais importante que a dose é a constância. Então, não importa muito se essa dose não é tão igual entre os dias. O importante é que todos os dias se faça uso um pouquinho”.
matéria retirada do globo reporter

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ginástica fortalece neurônios

Ginástica fortalece neurônios

A regra das 12 horas, descoberta nos laboratórios brasileiros, identifica um dos mais sofisticados mecanismos da memória. Mas para os que lutam contra os vazios do esquecimento, a ciência também tem como dar mais uma forcinha. E essa é para quem está disposto a suar a camisa.
Os equipamentos de musculação sempre foram usados para modelar o corpo, definir os músculos, melhorar a silhueta. Mas agora os pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) descobriram que na academia também dá para exercitar os neurônios. Definitivamente, a ciência derrubou aquele mito preconceituoso de que quem tem músculo não tem cérebro.
Oxigênio. Peso-pesado. Pesquisadores anotam tudo, não perdem nenhum detalhe, em um laboratório avançado de pesquisa para estudar cérebros com mais de 60 anos.
"Estou colocando minha cabeça para funcionar. A sensação é de que estou desenferrujando", descreve o aposentado Shih Chieh Chan.
Os resultados do suor que desenferruja a cuca são medidos em uma sala. Depois de puxar ferro, hora de encarar os testes de memória do professor de educação Ricardo Cassilhas. As conclusões são reveladoras: quem faz exercícios durante a vida tem menos chance, por exemplo, de desenvolver o Mal de Alzheimer. E a memória sai ganhando.
"Claro que adianta fazer exercício quando já se está mais velho. Inclusive, no nosso estudo, seis meses foram suficientes para indivíduos que nunca fizeram musculação melhorar a função cognitiva. Isso mostra que mesmo se você deixar de fazer a vida inteira e começar a fazer quando estiver idoso, já vai ter um ganho", garante Ricardo Cassilhas.
Os pesquisadores acreditam que a oxigenação do sangue provocada pelos exercícios atua no cérebro. Mas, para o senhor Shih Chieh Chan entrar na academia foi como embarcar em uma máquina do tempo. "É como se eu estivesse gravando em um vídeo. Você se lembra de tudo quando assiste a um videotape: o que fez, o que deixou de fazer. E isso é muito bom", comemora.
A viagem em busca da memória perdida na velhice já levou os cientistas a uma certeza: a falha de uma única enzima – a telomerase – seria responsável pelo envelhecimento de todos os circuitos cerebrais.
"Se conseguirmos controlar ou regular os mecanismos de ação dessa enzima, talvez consigamos dar um salto na expectativa de vida humana para os 120, 150 anos de idade", adianta o neurocientista Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Estaria nessa enzima a explicação para a extraordinária memória da escritora Maria Augusta Machado? Enquanto os cientistas investigam, ela escreve. Quer passar para as próximas gerações tudo o que testemunhou na vida.
"Carregar na cabeça o que hoje muita gente só aprende no livro da escola me dá uma sensação muito gratificante porque eu vivi aquilo. Não sei quanto ainda na minha cabeça. Que pode garantir que tem espaço?", finaliza.

matéria retirada do globo reporter



Envelhecendo em boa companhia


Para dona Maria Gualda, a TV do quarto é a janela para o mundo. Ali ao lado, Marlene viaja com seus livros, enquanto Helenice navega por onde quiser usando o computador. No apartamento em São Paulo, cada uma tem seu espaço, mas o que elas gostam mesmo é de estarem juntas.
"Não fazemos nada separadas. Almoço, teatro, show – seja o que for, é sempre junto. Nós três temos temperamentos fortes", diz Helenice Gualda, de 63 anos.
"Os amigos são praticamente os mesmos", acrescenta Marlene Gualda, de 60 anos.
O sangue é quente, mas o coração é grande, como o humor dessa mãe de 86 anos e de suas duas filhas, que já passaram dos 60.
"Nosso relacionamento é entre tapas e beijos", brinca Helenice.
E são muito mais beijos que desavenças. Ninguém dorme de mal uma com a outra e, quando aparece uma oportunidade, as três arrumam as malas.
Mas, quando a estrada da vida é longa, problemas, é claro, aparecem. Dona Maria se recupera de uma fratura de fêmur. Marlene também não se deixou abater pelo grave problema que teve no pulmão. "Mandei (o câncer) embora", diz.
Helenice é outra que segue firme. Está disposta a envelhecer bem e do jeito dela. "Eu me esforço para não sair de maria-chiquinha. Eu tenho que tomar cuidado porque me visto da mesma forma como há 20, 30 anos. O pessoal fala da franja. Qual é o problema de eu ter franja com 63 anos? Por que vou mudar?", questiona.
Um belo retrato do envelhecimento. Quanto mais gente por perto quando a idade avança melhor fica a vida. Na família Gualda é assim. E essa é parte da realidade de uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). No ano 2000, os pesquisadores, de casa em casa, entrevistaram mais de 2 mil idosos em São Paulo.
No ano passado, voltaram a entrevistar as mesmas pessoas para saber quais mudanças estão acontecendo no processo de envelhecimento.
"Nos nossos resultados, observamos que a realização de exames preventivos cresceu muito – mais de 50%. Isso mostra duas coisas: eles estão preocupados e buscam os exames e, de alguma forma, estão conseguindo acessar os serviços de saúde e realizar exames preventivos, como Papanicolau, mamografia e exame de próstata", revela a professora de enfermagem Yeda Duarte, da USP.
Outro ponto positivo: aumentou o número de idosos que fazem três refeições por dia e que conseguem se sustentar com o que ganham.
Mas as entrevistadoras encontraram também o lado triste do envelhecimento. "O cuidado displicente às vezes com o idoso, a omissão do cuidado pessoal e a solidão. Nós encontramos 10% dos idosos dizendo que tiveram algum tipo de violência – verbal ou financeira, pois também tem a questão do abuso do dinheiro do idoso", diz a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Lebrão.
Isso acontece em São Paulo e de maneira ainda mais cruel nos lugares mais pobres do país.

matéria retirada do globo reporter



Exercícios para jovens e idosos


Exercícios para jovens e idosos
Nesse universo fantástico que é nosso organismo, mensageiros invisíveis circulam a todo instante. E, quando fazemos exercícios, e les são fundamentais. Pesquisas feitas na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstraram que quando uma pessoa sedentária passa a fazer exercícios físicos intensos imediatamente vários hormônios disparam sinais de alerta. É o cérebro avisando o corpo que ele precisa resistir àquele esforço.
"A prática do exercício físico faz com que ele altere ou libere os hormônios com maior ou menor intensidade. Então, ele regula toda essa alteração hormonal para que o nosso organismo reaja bem a qualquer tipo de exercício", explica o professor educação física Marco Túlio de Mello, da Unifesp.
Nos idosos, os exercícios mantêm os músculos em dia e liberam hormônios que trazem bem-estar.
"O idoso acaba tendo não só uma maior absorção de alguns hormônios que liberam mais dopamina – que o deixa mais feliz e mais sociável – mas também faz com que ele tenha uma 'durabilidade' muito maior", diz Marco Túlio de Mello.
Nos jovens e adolescentes, a atividade libera o hormônio do crescimento e ajuda desenvolver ao máximo tudo o que está previsto no código genético de cada um. O hormônio do crescimento é produzido na hipófise, uma glândula que fica na base do cérebro. A liberação desse hormônio no sangue ocorre ao longo de toda nossa vida, mas é mais intensa na infância e na puberdade. Sua ação se dá principalmente à noite, durante o sono. Por isso, os médicos fazem um alerta: muitos jovens estão precisando de descanso.
"Nós temos um problema muito sério hoje em dia: o excesso de atividade física ou o excesso de ocupação das crianças e dos adolescentes com diversas atividades que não dão tempo de eles se recuperarem", alerta Marco Túlio de Mello.
A regra básica é: esforço demais pode prejudicar o crescimento. Para as mulheres adultas, exercícios combinados com variação hormonal têm um efeito surpreendente. O segredo é usar a velha tabelinha, que sempre serviu para evitar a gravidez. Funciona assim: nos primeiros dias após a menstruação, o hormônio que está presente em maior quantidade é o estrogênio. Essa é a hora para fazer musculação, trabalhando com pesos. O rendimento do exercício será muito maior.
"Essas fases em que a mulher apresenta uma maior liberação de estrogênio são muito boas para o ganho de massa magra, um ganho dentro do exercício resistido, o que talvez seja a melhor forma de trabalhar a musculação. Nas outras fases, ela pode trabalhar o aeróbio. Ela vai queimar mais, vai ter um gasto maior e um processo anabolizante também maior", conclui Marco Túlio de Mello.
matéria retirada do globo reporter.

ORAÇÃO DA FISIOTERAPIA E DO FISIOTERAPEUTA

ORAÇÃO DA FISIOTERAPIA E DO FISIOTERAPEUTA

Oração do Fisioterapeuta
Eu me dedico a ti, ó pai, consagrando minha vida, minhas mãos e minha técnica para que tu mesmo ajas nas dores, nos traumas, no corpo do meu paciente. E dá-me o sentido mais vivo de estar cooperando contigo na melhoria da qualidade de vida do mundo que me cerca, daquele que está aos meus cuidados. Fortalece minha fraqueza, e preenche minha necessidade de crescer e compreender os outros. Faze peritas minhas mãos; dá-me um toque adequado, um ouvido amigo e um coração amável. Por Jesus, cujo toque afastava a dor, e cujas mãos, que aliviaram vidas, foram presas na cruz por mim. Amém.
Colaboração: Postada no fórum do FisioWeb WGate, por Monaliza.

sobrinha




Que Deus te abençoe e obrigada por você me visitar!