segunda-feira, 4 de maio de 2009




O fantasma da impotência



Dificuldade de ereção pode indicar problemas como excesso de gorduras no sangue e diabetes.



Um malabarista, um aposentado e um mecânico: três homens que comprovam como é possível amadurecer bem sexualmente. O mecânico industrial Adão da Silva Gonçalves cultiva o amor. Está no terceiro casamento. "De forma geral, somos totalmente felizes no dia-a-dia dentro de casa, mas à noite falha alguma coisa. Alguma coisa não está perfeita", conta Adão. Foi por isso que ele procurou uma clínica que trata dificuldades de ereção. O problema não é uma queda de hormônios masculinos.

"Sem controlar o açúcar, não há bons resultados de maneira alguma. O colesterol está um pouquinho alto. Seu Adão é o cliente típico possuidor de uma disfunção erétil. É o mais comum. No caso dele, a indicação é fazer emagrecer, fazer exercício, controlar o açúcar e fazer dieta", orienta o andrologista Jucimar Brasil. "De modo geral, tudo me preocupava, principalmente o que eu acho que a maioria dos homens tem: medo da impotência", revela Adão.


A sombra do medo e da vergonha é uma inimiga perigosa. Felizmente, Adão não é o primeiro homem, nem o único, a buscar ajuda. Cada vez mais brasileiros percebem que como em uma máquina o corpo inteiro pode estar ameaçado se uma peça não funciona bem. "Existe uma correlação muito estreita entre o aparecimento de uma disfunção erétil e uma doença cardiovascular subjacente.


Pode ser um sinal de alerta de que ele tem, além daquilo, uma doença cardiovascular", explica o andrologista. A dificuldade de ereção ainda pode indicar problemas como excesso de gorduras no sangue e diabetes. "Em geral, em estágios médios e mais avançados, isso é irreversível", diz doutro Jucimar Brasil. Segundo o médico, quase metade dos homens com mais de 40 anos apresenta algum grau dessa disfunção. "É muito mais comum do que a gente pensa", revela doutor Jucimar Brasil.


O advogado Olegário Mendes demorou um pouco a admitir. "Você supõe, inclusive, que seja uma coisa temporária, que vai passar", conta. Com o apoio da esposa, a psicopedagoga Ana Maria Lameirão, o tratamento começou por largar o cigarro e mudar a alimentação. "Ele precisava falar, pensar que queria continuar tendo uma qualidade de vida boa, com a esposa. Então, tinha que se modificar. É uma prova de amor. Primeiro, você deve amar a si mesmo. Isso eu aprendi, e ele aprendeu também", conta. "Na intimidade, já está bem melhor", comemora Olegário. O importante é ficar atento aos sinais.


O malabarista Aluísio Antônio Machado, que está dentro do peso e cuida bem da saúde, diz que se sente em plena forma também com a namorada. "Tenho para mim que quanto mais amadurecido melhor é o prazer do segmento sexual. Meu energético é beijar muito. Beijou, pronto, jogo tudo para o alto", resume.


Matéria retirada do Globo Repórter

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