terça-feira, 10 de novembro de 2009


Incontinência urinária

- Introdução
- Definição
- O processo de eliminação da urina
- Os tipos de incontinência urinária
- Diagnóstico
- Tratamento

"A incontinência urinária é um problema bastante comum. Estima-se que mais da metade das mulheres entre 45 e 65 anos apresenta algum tipo de incontinência urinária e, embora seja mais freqüente entre elas, afeta também os homens. Apesar de sua alta freqüência é um assunto pouco discutido, até mesmo nas consultas médicas devido a vergonha ou a idéia de que é algo inevitável do envelhecimento. Mas o que muitos desconhecem é que sempre há uma condição médica subjacente, que se identificada e tratada corretamente solucionará o problema da incontinência."

Introdução

A incontinência urinária é um problema bastante comum. Estima-se que cerca de 57% das mulheres entre 45 a 65 anos tenham algum tipo de incontinência urinária. Mas apesar da alta prevalência, é ainda um assunto pouco discutido. Muitos não falam no assunto, até mesmo com o seu médico, devido à vergonha. Outros acham que é algo natural do envelhecimento, portanto algo que não se possa fazer nada para resolver.

A prevalência da incontinência urinária aumenta com a idade, mas não é parte inevitável do envelhecimento. Há sempre uma condição médica subjacente que deve ser identificada e corrigida independente da idade, seja por fisioterapia, medicamentos, cirurgia ou uma combinação desses.

Definição


Incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Podendo variar de um pequeno escape ocasional até a completa incapacidade de conter a urina. Pode ser precedida de alerta ou não e pode ser consciente ou inconsciente, como durante o sono.



O processo de eliminação da urina envolve reflexos inconscientes e comandos voluntários. Quando nossa bexiga se enche, receptores da sua parede mandam a mensagem para o cérebro de que a urina precisa ser eliminada, sentimos então o desejo de urinar. Mas se não estivermos em local ou hora adequados iremos inibir esse reflexo até termos condições adequadas para a eliminação da urina, o que aprendemos desde crianças.


Para que esse processo ocorra de maneira efetiva são necessários vários elementos, como os nervos que levam a mensagem dos receptores da parede da bexiga até o cérebro, a função cerebral para inibir o reflexo, os nervos que irão enviar a mensagem de inibição e os músculos envolvidos no processo de reter e eliminar a urina, como os do assoalho pélvico e o esfíncter uretral. Quando ocorre a falha de algum desses elementos, a capacidade de reter a urina até um momento propício para a sua eliminação pode ficar comprometida.


Na infância, as meninas geralmente desenvolvem o controle da bexiga mais cedo do que os meninos, e a perda de urina durante o sono é menos comum nas meninas do que nos meninos.

Entretanto, as mulheres adultas têm mais chance de desenvolver incontinência urinária do que os homens adultos devido à anatomia do trato urinário feminino e do estresse causado pela gravidez, parto e menopausa. Apesar disso, os homens podem apresentar incontinência urinária como resultado de problemas de próstata, e ambos, homens e mulheres podem se tornar incontinentes devido a lesões neurológicas, defeitos congênitos, derrame, esclerose múltipla, e problemas físicos associados com a idade.



Os dois tipos principais de incontinência urinária são a incontinência de esforço e a incontinência de urgência.

A incontinência de esforço é a perda involuntária de urina que ocorre durante os momentos de atividade física, tais como tosse, risadas, espirros, carregar peso, subir escadas, exercícios etc, e ocorre sem aviso prévio. Mudanças físicas resultantes da gravidez, parto, e menopausa freqüentemente causam a incontinência de esforço. Esta é a forma mais comum de incontinência nas mulheres.


A incontinência de esforço pode ocorre quando os músculos pélvicos que suportam a bexiga e a uretra se tornam fracos ou devido a disfunções no esfíncter uretral, importante estrutura para contenção da urina e sua eliminação voluntária. Traumas na área da uretra , lesões neurológicas, e alguns medicamentos podem tornar a uretra fraca, assim como inflamação e infecção urinária.


A incontinência pode piorar durante a semana anterior ao período menstrual. Durante esse período, os menores níveis de estrógeno podem levar a uma menor pressão muscular em torno da uretra, aumentando as chances de vazamento. A incidência de incontinência de esforço aumenta após a menopausa.


A incontinência de urgência envolve um súbito e forte desejo de urinar seguido imediatamente de uma contração involuntária da bexiga, resultando em perda de urina. A incontinência de urgência pode ocorrer durante o sono, após beber pequena quantidade de água, ou quando a pessoa ouve o barulho de água.


Ações involuntárias dos músculos da bexiga podem ocorrer devido a danos nos nervos da bexiga, no sistema nervoso, ou nos próprios músculos. Esclerose múltipla, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, derrame, traumas e cirurgias podem lesar os nervos ou músculos da bexiga.

Outros tipos de incontinência urinária incluem a incontinência de superenchimento, incontinência transitória, perda contínua da urina e incontinência mista.


Na incontinência de superenchimento a mensagem de que a bexiga está cheia não chega ao cérebro, até que ela fique tão repleta que não seja mais capaz de suportar a urina e ocorre perda de urina em grande quantidade. A bexiga está sempre tão cheia que é freqüente os vazamentos de urina. Músculos da bexiga fracos ou uma uretra bloqueada também podem causar esse tipo de incontinência. Lesão de nervos devido ao diabetes ou outras doenças podem levar a uma fraqueza dos músculos da bexiga; tumores e pedras nos rins podem bloquear a uretra. A incontinência de superenchimento é rara nas mulheres.


A incontinência transitória é uma versão temporária de incontinência. Pode ser deflagrada por medicamentos, infecções do trato urinário, doença mental, restrição de mobilidade e impactação por pedras.


A perda contínua de urina ocorre quando a bexiga está muito flácida, em fístulas (comunicações patológicas da uretra com outra cavidade, como por exemplo com a vagina) e em malformações. Ocorre o gotejamento contínuo e perdas de grande quantidade de urina.

As incontinências de esforço e urgência freqüentemente ocorrem juntas nas mulheres. Combinações de incontinência são referidas como incontinência mista.



O diagnóstico de incontinência será feito pelo médico através do relato do paciente e alguns exames serão úteis para se identificar as possíveis causas. O médico irá procurar por infecção, impactação por pedras, reflexos e pelo funcionamento da bexiga.


Para a avaliação do funcionamento da bexiga poderão ser feitos testes específicos, como a cistometria de canal único, cistometria eletrônica e eletromiografia, que irão medir a capacidade total da bexiga e o volume residual ou o próprio funcionamento da musculatura da bexiga.

Outra fonte de informação importante é a realização de um diário miccional, que pode ser feito por uma semana. O diário deve incluir a quantidade de líquido ingerido, o tempo de micção, a quantidade de urina produzida, e qualquer episódio de vazamento.



A incontinência urinária pode ser tratada através do uso de medicamento, fisioterapia, cirurgia ou uma combinação entre essas modalidades.

Dentre os medicamentos que podem ser utilizados encontram-se os antiespasmódicos (oxibutina), anticolinérgicos (propantelina) e antidepressivos triciclícos (imipramina). Para as mulheres que já tem indicação de terapia de reposição hormonal devido a outras condições, o seu uso pode trazer benefícios também para a incontinência urinária.

A fisioterapia tem se mostrado um excelente tratamento para a incontinência, fortalecendo os músculos que sustentam a bexiga e a uretra.


O tratamento cirúrgico será útil no caso de fístulas, malformações, disfunção do esfíncter e alterações na posição da bexiga. Esta última comum nas mulheres com incontinência urinária devido a múltiplas gestações e partos.

O tratamento mais adequado para cada caso irá depender do tipo de incontinência urinária e da condição médica subjacente.


sábado, 3 de outubro de 2009



Equoterapia


- Um método terapêutico

A Equoterapia é uma abordagem terapêutica relativamente nova no Brasil.Visa utilizar o cavalo como facilitador para um melhor desenvolvimento neuropsicomotor e psicológico do indivíduo. Essa interação com o animal propicia ao paciente atingir novas formas de comunicação, socialização, concentração, equilíbrio, coordenação motora, conscientização postural, ganho da auto estima, etc.


O trabalho é realizado por profissionais de diversas áreas como fisioterapeutas, psicólogos, professores de educação física, equitadores, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Todos os profissionais estão capacitados após curso realizado pela Associação Nacional de Equoterapia- ANDE, instalada em Brasília.


É considerada como método terapêutico pelo Conselho Federal de Medicina desde abril de 1997. Apesar de ser indicada também aos adultos, as crianças são a grande maioria, principalmente as que apresentam déficit motor nas doenças neurológicas. O trabalho motor realizado na Equoterapia é muito importante.


O animal utilizado para Equoterapia deve ter idade acima de 8 anos, período em que se encontra com certa maturidade, ficando mais fácil condicioná-lo. O cavalo e o golfinho são os animais mais utilizados por serem extremamente inteligentes e de memória bem desenvolvida. O movimento do cavalo é a base para esse trabalho. A sua marcha é tridimensional (frente/trás, cima/baixo, esquerda/direita) como nos homens.


As sessões terapêuticas duram 30 minutos, sendo uma vez por semana. Na 1a sessão, o contato com o animal é feito com fotos de cavalos, brinquedos e bichos de pelúcia. Num segundo momento a aproximação do paciente ao animal é feita através do toque e da escovação da crina.


Nessa fase inicial, aprende-se sobre o mundo do cavalo, do que se alimenta, como é feita sua higiene, como dorme, etc. Respeitando o tempo de adaptação ao animal, o paciente monta, primeiramente na manta, onde o contato é muito próximo e a sensação dos movimentos paciente/animal é intensa. Posteriormente a é utilizada na montaria e os pacientes ajudam nesse preparo do cavalo. Todos montam de capacete e roupa adequada com calça comprida e sapato fechado.


Esse contato é multisensorial. O animal no menor movimento, eleva sua temperatura corporal. Com isso as sensações de calor, toque e cheiro são aconchegantes ao paciente. Os profissionais sempre estão atentos, observando as necessidades, o desenvolvimento e os limites físicos numa avaliação individual. Crianças autistas, com paralisia cerebral, com Síndrome de Down, hiperativas, com distúrbios de comportamento em geral, são beneficiadas. O autista manifesta-se emocionalmente com o cavalo através do toque e da expressão do seu rosto. É um contato com o mundo que se inicia. Sua atenção melhora, suas esteriotipias (tiques) diminuem assim como sua agitação.


Nas crianças hiperativas o cavalo impõe respeito e elas aceitam melhor seus limites. Esta terapia age na inquietude constante dessas crianças. Isso significa que em certos casos a Equoterapia funciona como motivador, em outros casos como limitador. Um trabalho pedagógico pode ser feito de várias formas com as crianças. Elas são estimuladas com cores, letras, formação de frases e identificação de objetos. A criança montada trabalha o tônus muscular e a coordenação motora dos braços e mãos identificando e apanhando objetos pendurados acima dela. Com os adultos há contribuição da Equoterapia nos casos de Esclerose Múltipla, Derrame Cerebral e Traumatismo Craniano. O terapeuta sempre monta junto com o paciente no início. Com a maior independência, o paciente passa a montar sozinho, mas tendo sempre o terapeuta a seu lado. O objetivo final desse tratamento é que ele domine completamente o cavalo. A partir daí estaria pronto para o mundo.


O cavalo tem 3 tipos de andadura:


Nível 1 - ao passo


Nível 2 - trote


Nível 3 - galope


Durante as formas de andadura do cavalo, principalmente ao passo e trote, o paciente montado é obrigado a se adequar a essa forma tridimensional de movimento, estimulando muito o tônus muscular como nos casos de crianças com deficiência motora e paralisia.



Na fase 3, que é o galope, existe o verdadeiro domínio sobre o animal e não é executada comumente na Equoterapia, por ser considerada atividade pré-esportiva. A andadura de nível 1 é a mais utilizada. Todo paciente, antes de iniciar este tratamento passa por avaliação do médico responsável e pela equipe de profissionais que realizará a Equoterapia.



Podem ser contra indicados pessoas com episódios frequentes convulsivos e com problemas mais severos de coluna e quadril. É gratificante perceber a evolução e a sensação de felicidade demonstrada nos rostos desses pacientes. Nesses momentos de maior alegria eles se doam, aceitam melhor os estímulos e demonstram sua vontade de vencer.


fonte: /www.canalsaude.com.br/fisioterapia/equoterapia.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2009



PEDRA NOS RINS

Sinônimos:
cálculo renal, pedra nos rins, litíase e nefrolitíase.



O que é?



O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos.


Não é um fenômeno raro até a idade de 70 anos. Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres podem ter, pelo menos, um cálculo durante suas vidas. A primeira década da vida não está imune ao surgimento de cálculos, havendo um pico de incidência entre quatro e sete anos de idade.


A doença é mais comum no adulto jovem, em torno da 3 ª ou 4 ª década de vida, predominando na raça branca e não havendo diferença de sexo. A recorrência é mais comum no adulto jovem, 15% em um ano, 40% em até 5 anos e 50% em até 10 anos. A população negra tem menos litíase renal que a branca.
Como se desenvolve?

A formação de cálculos é um processo biológico complexo, ainda pouco conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.

Todo o indivíduo produtor de cálculos tem envolvimento com um ou mais fatores geradores de cálculo:

Epidemiológicos (herança, idade, sexo, cor, ambiente, tipo de dieta)
Anormalidades urinárias (saturada de sais, volume diminuído e alterações do pH)
Ausência de fatores inibidores da formação de cálculos (citrato, magnésio, pirofosfato, glicosaminoglicans, nefrocalcina, proteína de Tam Horsfall)
Alterações metabólicas (calcemia, calciúria, uricemia, uricosúria, oxalúria, cistinúria, citratúria, hipomagnesúria)
Alterações anatômicas e urodinâmicas
Infecções urinárias

As anormalidades da composição urinária têm, no volume urinário diminuído, o principal fator na formação de cálculos. Fruto de uma hidratação inadequada, esta pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de litíase. O volume urinário permanentemente inferior a 1 litro ocorre por maus hábitos alimentares ou por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (aviões, altos fornos) que favorecem a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos.

Principais tipos e componentes dos cálculos renais:

CÁLCIO:
Mais de oitenta por cento dos pacientes formam cálculos de cálcio. A maioria destes têm cálcio aumentado na urina (hipercalciúria) e/ou cálcio aumentado no sangue (hipercalcemia).

MAGNÉSIO:
É um elemento que participa na urina como inibidor da cristalização. Por isso, quando se encontra o magnésio urinário inferior a 50 mg/24h (magnesiúria), a formação de cálculo poderá ser facilitada.

OXALATO:
Mesmo com o oxalato urinário normal, alguns cálculos de cálcio têm oxalato na sua constituição.

CISTINA:
Como a cistina tem pouca solubilidade na urina, ela propicia a formação de cálculos por supersaturação.

ÁCIDO ÚRICO:
Os cálculos de ácido úrico puro ocorrem em cerca de 5% da população mundial, com exceção da zona mediterrânea e dos países árabes, onde as taxas podem atingir até 30%. Vinte e cinco por cento dos pacientes gotosos podem apresentar cálculos de ácido úrico.

CITRATO:
Uma excreção diária menor do que 450 mg é considerada hipocitratúria. As crianças, mulheres e idosos excretam mais citrato. Hipocitratúria isolada, como agente formador de cálculo, ocorre em cerca de 5% das nefrolitíases, podendo ser esta a única alteração metabólica encontrada nestes pacientes.

O que se sente e como se faz o diagnóstico?

A litíase pode ser assintomática, reconhecida somente em exames ocasionais. Na maioria das vezes, a litíase se apresenta com manifestação de dor (cólica) e hematúria. Muitas vezes, os cálculos podem obstruir a via urinária. A cólica renal é o sintoma agudo de dor severa, que pode requerer tratamento com analgésicos potentes. Geralmente, a cólica está associada a náuseas, vômitos, agitação. A cólica inicia quase sempre na região lombar, irradiando-se para a fossa ilíaca, testículos e vagina. No sedimento urinário, pode-se observar hematúria que, com a dor em cólica, nos permite pensar na passagem de um cálculo. A investigação clínica, na fase aguda, inclui além do exame comum de urina, um RX simples de abdômen e uma ecografia abdominal.

Principais complicações dos cálculos

Infecção urinária
Obstrução urinária: perda do rim por destruição obstrutiva e/ou infecciosa
Insuficiência renal crônica
Hipertensão arterial
Complicações cirúrgicas nas retiradas dos cálculos
Complicações da litotripsia (hematúria, destruição de tecido renal, hipertensão)

Como se trata?

Tomar bastante líquidos é o principal item do tratamento, visando reduzir a concentração e supersaturação dos cristais urinários, e dessa forma, diminuir a formação de cálculos.

O ideal de tratamento é suprimir a recorrência e evitar que os cálculos existentes cresçam. Como os cálculos têm origem heterogênea e freqüentemente são manifestações de doenças multissistêmicas, é impossível haver um só esquema terapêutico. Por isso, o tratamento é diversificado e prolongado, requerendo o comprometimento permanente do paciente. Após seis meses de tratamento, deve-se repetir a seqüência de exames para avaliar a eficiência da ação terapêutica. A revisão é fundamental para ajustar as medidas usadas no controle da recorrência e estimular o paciente na continuidade do tratamento.

Os cálculos maiores de 0,8 cm não saem espontaneamente, por isso é necessária a intervenção do urologista para a retirada do cálculo por métodos cirúrgicos ou métodos extracorpóreos, endoscópicos ou litotripsia.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Existe só um tipo de cálculo?

Vou repetir esse tipo de cólica?

Como posso evitar a formação de novos cálculos?

Se for o caso, quando devo retirar o cálculo?

Devo fazer alguma dieta?

Ingerir líquidos/ingerir citratos é importante?

Existe somente um tipo de tratamento?

Os cálculos pode crescer dentro de mim?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009






IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA DOMICILIAR

  • A FISIOTERAPIA DOMICILIAR está sendo reconhecida nos dias de hoje como de suma importância para alguns pacientes. Ela pouco difere da Fisioterapia realizada na clínica, pois quando realizada com competência pode vir a utilizar meios de analgesia, recuperação do tecido e meios anti-inflamatórios como Ultra-Som, TENS e Ondas Curtas no tratamento do indivíduo. Sua eficácia já foi comprovada em vários estudos científicos e cada vez mais está sendo procurada por pessoas que por motivos de comodidade, ou necessidade preferem o tratamento em seu próprio lar.



  • Por vezes as pessoas não gostam do ambiente de uma clínica com várias pessoas por perto e atendimentos não muito pessoais, ou não têm como se locomover até a clínica por motivos físicos que a impedem de pegar um ônibus ou dirigir até o local de tratamento.



  • São nesses casos que a FISOTERAPIA DOMICILIAR é requisitada. Ainda, um bom profissional fisioterapeuta pode realizar trabalhos diferenciados referentes a casos clínicos que necessitam de atenção especial. Patologias como Artrose, Osteoporose, Diabetes, problemas de Pressão Alta, ou as vezes uma simples dor na coluna, requerem um tratamento específico que pode ser realizado tranqüilamente em sua casa.



  • O Fisioterapeuta está gabaritado a montar um plano de tratamento e manutenção, ou ainda um plano de exercícios para a prevenção dessas patologias que atingem maciçamente a população mundial.



  • Casos neurológicos como o AVE – Acidente Vascular Encefálico (o popular derrame), também são casos clássicos para atendimento domiciliar que o fisioterapeuta através de um plano de exercícios, uso de equipamentos e através de orientações a família e ao paciente, tem plena capacidade de melhorar drasticamente a qualidade de vida do paciente.



  • Estudos também comprovam que o idoso que pratica algum tipo de atividade física, ou possui um plano de exercícios em casa, tem menor chance de sofrerem quedas, e todos sabemos da fragilidade que o idoso possui, quem não conhece, ou já não ouviu falar de algum idoso que tenha sofrido uma queda que tenha resultado em uma fratura de quadril, fêmur, ombro ou braço.



  • Nesses casos o Fisioterapeuta pode realizar um excelente trabalho de prevenção que é tão ou mais importante do que o tratamento após a fratura. Quem gostaria de ver um ente querido acima de 70 anos vivendo somente na cama e dependendo de ajuda para ir ao banheiro fazer suas necessidades, tomar banho, vestir-se e comer, quando se pode realizar uma prevenção e evitar todos esses transtornos.



  • Então se você prefere a comodidade do atendimento em casa, um atendimento personalizado e de alta eficácia, se você tem em sua família alguém que necessite de cuidados especiais, ou se você se interessou em melhorar sua qualidade de vida através de um plano de atividades físicas em casa, não deixe de procurar um profissional que esteja capacitado a trabalhar nessas áreas. Sua família agradece, seu corpo e sua vida irão melhorar muito!

FONTE: //fisioemcasa.chakalat.net/2007/12/importncia-da-fisioterapia-domiciliar.html

terça-feira, 25 de agosto de 2009

DOENÇA DE PARKINSON
1) Definição
2) Resumo Histórico
3) Causas
4) Explicação sobre a
Substância Negra
5) Sintomas
6) Tratamento


1. DEFINIÇÃO


  • A doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson, é uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra (ou nigra). Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas principalmente motores. Entretanto, também podem ocorrer outros sintomas, como depressão, alterações do sono, diminuição da memória e distúrbios do sistema nervoso autônomo. Os principais sintomas motores se manifestam por tremor, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha.

2. RESUMO HISTÓRICO



  • No ano de 1817, um médico inglês chamado James Parkinson, membro do Colégio Real de Cirurgiões, e homem bastante culto para a sua época, publicou sua principal obra: Um ensaio sobre a paralisia agitante, no qual descreveu os principais sintomas de uma doença que futuramente viria a ser chamada pelo seu nome.
    Charcot igualmente, desempenhou um papel decisivo na descrição da doença, descrevendo a rigidez, a micrografia e a disartria, e discordando de Parkinson quanto a presença de paralisia. Foi também o responsável pela introdução da primeira droga eficaz.
    Com relação aos fatos históricos relacionados com seu tratamento, sabe-se que das várias tentativas do passado, drogas anticolinérgicas derivadas da beladona, introduzidas por Charcot no final do século passado, foram as primeiras que tiveram alguma eficácia reconhecida. Contudo, apenas no final dos anos 50, observou-se um progresso real, através de um estudo feito na Suécia onde ofereceu-se levodopa para ratos intoxicados por reserpina que desenvolveram parkinsonismo. Observou-se uma melhora expressiva da motricidade desses ratos. A descoberta da levedopa foi o prenúncio da revolução observada na década seguinte. No princípio dela, Ehringer e Hornykiewicz afirmaram que o parkinsoniano devia-se à não-produção de dopamina pela substância negra mesencefálica. Na segunda metade desta década, Cotzias e Birkmayer, de modo independente, sugeriram o tratamento da doença de Parkinson com a forma levógira da dopamina (levodopa). A introdução desta droga provocou um impacto marcante, com radicais mudanças na vida dos seus sofredores e influenciando inclusive o prognóstico até então sombrio. Seres humanos petrificados e tremulantes nos seus leitos, sob ação desta droga voltaram a usufruir de uma existência digna, fato que foi muito bem exemplificado no filme "Tempo de Despertar", estrelado pelo Robert de Niro.

3. CAUSAS:

  • Sabe-se que os sintomas da doença devem-se à degeneração dos neurônios da substância negra, no entanto, na maioria das vezes, é desconhecido o motivo que leva a essa degeneração.
    A DP é apenas uma das formas, embora a mais freqüente, de parkinsonismo. O termo parkinsonismo refere-se a um grupo de doenças que apresentam em comum os mesmos sintomas, associados ou não a outras manifestações neurológicas. A DP é também chamada de parkinsonismo primário ou idiopático porque é uma doença para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada. Por outro lado, diz-se que um parkinsonismo é secundário quando uma causa pode ser identificada ou quando está associada a outras doenças degenerativas. Cerca de 2/3 de todas as formas de parkinsonismo correspondem à forma primária.
    O fator genético exerce influência, mas em números, é pouco representativo neste mal.
    Os fatores que podem desencadear a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, são:
    a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos. Um exemplo de substância que pode causar parkinsonismo é a cinarizina, usada freqüentemente para aliviar tonturas e melhorar a memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina.
    b) Trauma craniano repetitivo. Os lutadores de boxe, por exemplo, podem desenvolver a doença devido às pancadas que recebem constantemente na cabeça. Isso pode afetar o bom funcionamento cerebral.
    c) Isquemia cerebral. Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar.
    d) Freqüentar ambientes tóxicos, como indústrias de manganês (de baterias por exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas.
4. EXPLICAÇÃO SOBRE A SUBSTÂNCIA NEGRA:

  • O sistema nervoso é formado por células (neurônios) que estão conectados entre si através de sinapses (espaços intercelulares) entre seus prolongamentos (dentritos e axônios). A disposição dos neurônios assemelha-se a uma rede, onde uma região pode comunicar-se com outra através de neurotransmissores, que são substâncias ou moléculas produzidas no corpo celular e transportadas através do axônio até a sinapse. O neurotransmissor pode excitar (ativar) ou inibir o neurônio subseqüente.
  • A substância negra mesencefálica é chamada assim porque os neurônios localizados no mesencéfalo que a constituem contêm o pigmento escuro melanina, o qual é produzido juntamente com a dopamina. Dessa forma, em um corte do cérebro, esta região se apresentará como uma mancha escura. A substância negra está conectada através de sinapses, com outro grupo de neurônios que constituem os gânglios da base.
  • Os gânglios da base são conjuntos de corpos neuronais localizados no interior do hemisfério cerebral, cujos principais componentes são o núcleo caudado, o putâmen, o globo pálido, o núcleo subtalâmico e a própria substância negra. O núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, podem ser chamados em seu conjunto como corpo estriado, e estão intimamente relacionados entre si, participando do controle da postura e do movimento. A dopamina produzida na substância negra funciona como neurotransmissor inibitório no corpo estriado. Quando um movimento é iniciado pelo córtex cerebral, os impulsos são transmitidos para o corpo estriado e dali podem seguir dois caminhos. Quando o movimento é desejado, os neurônios do corpo estriado aumentam a atividade de neurônios talâmicos e do córtex cerebral, facilitando a execução dos movimentos. No entanto, se o movimento for indesejado, ocorre ativação dos neurônios da substância negra, que inibem as células talâmicas e corticais, inibindo os movimentos. Na Doença de Parkinson, há uma diminuição das concentrações de dopamina, por isso o corpo estriado tornar-se excessivamente ativo, dificultando o controle dos movimentos pela pessoa acometida.

5. SINTOMAS:

  • A progressão dos sintomas é usualmente lenta mas a velocidade com que essa progressão se desenvolve é bastante variável em cada caso. Os primeiros sintomas da DP têm início de modo quase imperceptível e progridem lentamente o que faz com que o próprio paciente ou seus familiares não consigam identificar o início preciso das primeiras manifestações. O primeiro sinal pode ser uma sensação de cansaço ou mal estar no fim do dia. A caligrafia pode se tornar menos legível ou diminuir de tamanho, a fala pode se tornar mais monótona e menos articulada. O paciente freqüentemente torna-se deprimido sem motivo aparente. Podem ocorrer lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade. Dores musculares são comuns, principalmente na região lombar.
    Muitas vezes, amigos ou familiares são os primeiros a notar as primeiras mudanças: um braço ou uma perna movimenta-se menos do que o outro lado, a expressão facial perde a espontaneidade (como se fosse uma máscara), diminui a freqüência com que a pessoa pisca o olho, os movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em determinada posição e parece um tanto rígida.
  • À medida que a doença progride, aparecem outros sintomas. O tremor é geralmente o primeiro a ser notado pelo paciente e acomete primeiramente um dos lados, usualmente uma das mãos, mas pode se iniciar em um dos pés. Segurar um objeto ou ler o jornal podem se tornar atividades árduas. O tremor é mais intenso quando o membro encontra-se em repouso ou durante a marcha e desaparece quando em movimento. Para a maioria dos pacientes, o tremor é o principal motivo que os leva a procurar pela primeira vez ajuda médica.
  • Os sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem apresentar sintomas graves, enquanto outras apresentam apenas alguns sintomas leves. No início, os sintomas da doença de Parkinson podem afetar apenas um lado do corpo. Mais tarde, freqüentemente, ambos os lados são afetados. Em geral, os sintomas mudam com o passar do tempo - A memória e o raciocínio são geralmente afetados.
  • O diagnóstico de DP persiste sendo feito essencialmente em bases clínicas. Tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural de intensidades variáveis individualmente, são os sinais e sintomas clássicos. Os sintomas são:
  • a) Tremor: a mão ou o braço treme. O tremor também pode afetar outras áreas, como a perna, o pé ou o queixo. Esse tremor pára durante o sono e diminui no movimento. Caracteristicamente ele inicia assimetricamente, acometendo a extremidade de um dos membros superiores à frequência de 4-5 ciclos por segundo. Pode ser comparado com o movimento exibido por caixas de banco, quando estão contando dinheiro.
  • b) Rigidez: acontece porque os músculos não recebem ordem para relaxar. Pode causar dores musculares e postura encurvada.
  • c) Bradicinesia: movimentos lentos. Iniciar movimentos exige um esforço extra, causando problemas para levantar de cadeiras e de camas. O andar pode limitar-se a passos curtos e arrastados. Pessoas com esta doença às vezes sentem-se "congeladas", incapazes de mover-se. As expressões faciais e o balançar os braços enquanto caminha tornam-se mais vagorosos ou ausentes.
  • d) Alteração no equilíbrio: a pessoa anda com a postura levemente curvada para frente, podendo causar cifose ou provocar quedas (para frente ou para trás).
  • e) Voz: a pessoa passa a falar baixo e de maneira monótona.
  • f) Escrita: a caligrafia torna-se tremida e pequena.
  • g) Artralgia: será encontrada na imensa maioria dos pacientes com DP que já desenvolveram algum grau de rigidez muscular. Além disso, os pacientes com DP tendem a exteriorizar níveis de osteoporose superiores àquela detectada em uma população de igual faixa etária. Nestes pacientes, a melhor alternativa para minimizar os efeitos da osteoporose, é a melhoria do seu status motor através terapia anti-parkinsoniana apropriada.
  • h) Sistema Digestivo e Urinário: Deglutição e mastigação podem estar comprometidas. Uma vez que os músculos utilizados na deglutição podem trabalhar de modo mais lento, pode haver acúmulo de saliva e alimento na boca fazendo o paciente engasgar ou derramar saliva pela boca. Além disso, alterações urinárias e constipação intestinal podem ocorrer pelo funcionamento inadequado do sistema nervoso autônomo. Alguns pacientes apresentam certa dificuldade para controlar o esfíncter da bexiga antes de uma micção iminente (urgência urinária) enquanto que outros têm dificulade para iniciar a micção. A obstipação intestinal, ou prisão de ventre, ocorre porque os movimentos intestinais são mais lentos mas outros fatores tais como atividade física limitada e dieta inadequada também podem ser responsáveis.
  • i) Determinados movimentos involuntários automáticos, são gradualmente abolidos durante a evolução da DP. As pálpebras, por exemplo, ficam indolentes, piscando cada vez menos.
  • j) Braços que não balançam ao deambular (andar): resulta em uma marcha típica. No início da doença é comum que apenas um braço se movimente enquanto o outro fica imóvel. Posteriormente, ambos tornam-se imóveis.
  • k) Depressão e déficit cognitivo: A depressão é um sintoma bastante freqüente e pode ocorrer cedo na evolução da doença, mesmo antes dos primeiros sintomas serem notados. Provavelmente relacionada à redução de um neurotransmissor chamado serotonina. Alterações emocionais são comuns. Pacientes podem sentir-se inseguros e temerosos quando submetidos a alguma situação nova. Podem evitar sair ou viajar e muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais. Alguns perdem a motivação e tornam-se excessivamente dependentes de familiares. Alterações da memória, geralmente na forma de "esquecimentos" ou "brancos" momentâneos são comuns. O raciocínio torna-se mais lento e pode haver dificuldades específicas em atividades que requerem organização espacial. Entretanto, de modo geral, as funções intelectuais e a capacidade de julgamento estão preservadas.
  • Um critério importante para se diferenciar a genuína doença de Parkinson de outras formas de parkinsonismo, é a resposta a levodopa. Salvo raras exceções, os indivíduos com DP responderão favoravelmente ao medicamento, o que nem sempre ocorre no parkinsonismo secundário. No entanto, a melhora do quadro clínico de um indivíduo na fase inicial de DP, onde geralmente se observa apenas leve tremor unilateral pode não ser verificada e não está indicada.

6. TRATAMENTO:





  • Podemos dividir as estratégias de tratamento da DP em (1) medidas não-farmacológicas, (2) medidas farmacológicas e (3) tratamento cirúrgico.
    As medidas não-farmacológicas compreendem uma série de hábitos e medidas de valor especial na DP por minimizar algumas de suas complicações. Devemos deixar claro que estas medidas não atenuam a gravidade da doença ou impedem sua progressão, mas mantém o indivíduo melhor preparado para enfrentar as alterações orgânicas e psicológicas decorrentes da consunção e insuficiência motora típicas desta enfermidade. Tais medidas são: (i) a educação, (ii) o tratamento de suporte, (iii) o exercício e (iv) nutrição.
    O paciente precisa ser informado da natureza de sua doença, sua causa e a relação com o tratamento a ser instituído.

  • O suporte psicológico médico e familiar deve ser estimulado. Metade dos pacientes com DP desenvolvem depressão, que será tratada com anti-depressivos (preferencialmente os tricíclicos) e/ou terapia de apoio. Outras alternativas valorosas são os grupos de apoio, o aconselhamento financeiro (quando a enfermidade acomete o principal responsável pelo orçamento familiar) e a terapia ocupacional.

  • Sabe-se que a DP não se restringe apenas a transtornos da motricidade; alterações psíquicas decorrentes tanto da dificuldade em se iniciar movimento, quanto das mudanças neuroquímicas induzidas por deficiência de dopamina ou pela ação dos medicamentos utilizados e pela nova visão que o paciente tem do meio, são responsáveis pela grande prevalência de depressão reativa entre estes indivíduos. Por estes motivos, não devemos delegar todas as tarefas de suporte, inclusive psicológico, a outros profissionais e esquecer o papel fundamental do médico. Uma sólida relação entre um profissional seguro, confiante e empático, que demonstre estar efetivamente preocupado com o paciente e aqueles que o cercam; animando, esclarecendo e reconfortando durante as consultas, tem uma eficácia tão ou mais poderosa que as drogas antidepressivas.

  • Por um outro lado, exercícios não impedem a progressão da doença, mas mantém um estado de funcionamento muscular e osteo-articular conveniente.Nós já sabemos que anos de evolução de rigidez e bradicinesia produzem alterações patológicas ósseas (osteoporose e artrose) responsáveis por uma incapacidade funcional ainda mais limitante. Além disso, o bom impacto dos exercícios sobre a disposição e o humor são pontos favoráveis a esta terapia.

  • Desnutrição e perda de peso são observados em grande parcela dos pacientes. Nenhuma dieta especial é necessária nos quadros leves e moderados, além do cuidado em se ter refeições saudáveis e balanceadas, indistinguíveis das que seriam convenientes a todos nós. Boas refeições, ricas em cálcio e fibras, produzem um melhor estado orgânico, bem-estar geral, prevenção de osteoporose e de constipação intestinal.

  • Na doença avançada, as proteínas ingeridas geram na luz intestinal aminoácidos que competem com a absorção da levodopa. Esta competição leva a uma absorção errática da l-dopa e níveis séricos inconstantes, o que contribui para o agravo das flutuações motoras. Neste estágio, dieta hipoproteica está indicada. Este programa alimentar na verdade não diminui o aporte proteico, mas o concentra nas refeições após as 18:00 horas. Assim, a dieta com baixo teor de proteínas ao longo do dia não interfere na absorção de levodopa, e o equilíbrio nutricional pode ser reestabelecido à noite.
    Considerando as alternativas farmacológicas disponíveis, pode-se afirmar que o arsenal medicamentoso antiparkinsoniano da atualidade, limita-se as seguintes opções:
  • 1. selegilina;
    2. amantadina;
    3. anticolinérgicos;
    4. levodopa;
    5. agonistas dopaminérgicos.

  • Quanto a levodopa, inicialmente frisamos que continua sendo a principal forma de tratamento da doença de Parkinson idiopática. Seu emprego associa-se a menor morbi-mortalidade, e virtualmente todos os pacientes beneficiar-se-ão de seu uso. Por quase trinta anos, tem sido administrada a milhões de pacientes com DP. No princípio era empregada pura, e altas doses enterais eram necessárias para que uma ínfima parcela atingisse o SNC. Além disso, a rápida conversão periférica de l-dopa em dopamina pela dopa-descarboxilase, resultava em desagradáveis efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e hipotensão ortostática. Porém, com o passar dos anos, descobriram-se substâncias antagônicas de dopa-descarboxilase, permitindo que doses menores fossem utilizadas e maior eficácia terapêutica obtida. Inibidores de dopa-descarboxilase estão em voga desde há cerca de 30 anos, sendo mister reconhecer o papel histórico que tiveram na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com DP. Dois deles estão disponíveis em produtos comerciais associados à levodopa e são oferecidos mundialmente: carbidopa (Sinemet®) e benzerazida (Prolopa®).
    Porém, a vulnerabilidade da levodopa fica patente quando se contempla os graves sintomas neuro-psiquiátricos associados com seu uso prolongado.

MANUSEIO DAS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO USO CRÔNICO DE L-DOPA

O uso crônico de doses terapêuticas de levodopa provoca, inevitavelmente, os efeitos colaterais: (i) flutuações motoras, (ii) discinesias e (iii) distúrbios psiquiátricos. Estes péssimos efeitos da terapia prolongada, geralmente remitem após suspensão do medicamento ou redução da dose. Curiosamente, não há evidências experimentais de verdadeira toxicidade por levodopa em pesquisas in vivo. De fato, o que se tem notado é que este intrigante fármaco possui propriedades químicas neuroprotetoras62. Entretanto, o surgimento destes transtornos após períodos variáveis de tempo, é um fato inequívoco e deve dar lugar a consideração sobre as vantagens da continuidade da levodopoterapia.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA DE PARKINSON


A abordagem cirúrgica da doença de Parkinson tem quase um século. Portanto, muito antes da introdução de medicação dopaminérgica, cirurgias já eram executadas para tratar tremor, rigidez e bradicinesia, com graus variáveis de sucesso.
O tratamento cirúrgico da DP pode ser dividido em três categorias maiores: (i) técnicas lesionais, (ii) estimulação cerebral e (iii) transplantes.
técnicas lesionais
1. A talamotomia é uma técnica indicada no tremor. Pode proporcionar uma redução de 80% da intensidade do tremor, em especial se este for predominante em um dimídio. As complicações incluem apraxia do membro superior, disartria, disfagia, abulia 73, distúrbios da fala e da linguagem, principalmente nas intervenções bilaterais 71.
2. A palidotomia estereotática do globo pálido interno é o procedimento cirúrgico de escolha no tratamento de discinesias induzidas por levodopa, promovendo uma notável melhora deste sintoma. Há relatos de complicações como disfunção cognitiva, disfagia, disartria, hemianopsia lateral homônima, hemiparesia transitória, abscesso intracraniano e hemorragia subcortical e palidal.
estimulação cerebral profunda (ECP)


  • Há uma grande semelhança nos efeitos clínicos obtidos com lesão cirúrgica e estímulo cerebral profundo. Tal fato sugere que a estimulação elétrica crônica atue de forma a romper ou inibir a atividade neuronal.
    Além de ser um método seguro, a estimulação cerebral profunda possui a vantagem de poder ser regulada ou mesmo suspensa, ao contrário das técnicas lesionais. Da mesma forma, não impede que o paciente possa futuramente obter proveito de novas abordagens.

  • O eletrodo, sustentado por uma bateria subcutânea que dura de 3 a 5 anos, pode ser implantado no núcleo subtalâmico ou no globo pálido interno. Há certa evidência de que a estimulação do núcleo subtalâmico produza melhores resultados. Ao atenuar as discinesias, a estimulação subtalâmica permite o aumento da dose de levodopa e melhorar os sintomas parkinsonianos. Independentemente da ação da levodopa, melhora da bradicinesia e do tremor pode ser observada 79-81. As complicações encontradas são disartria e alterações do equilíbrio 82. O alto custo desta forma de tratamento é um de seus principais fatores limitantes. Além disso, a estimulação cerebral profunda é um método recente e seus benefícios e riscos concretos ainda não foram satisfatoriamente analisados.
    transplante

  • O auto-transplante de células da medula adrenal, como repositório da depleção dopaminérgica nigro-estriatal foi abandonado, devido à indiferença de seus resultados, reflexo da curta sobrevivência das células transportadas no núcleo caudado ou putâmen.
    Uma alternativa recente muito mais atraente e que vem obtendo resultados gratificantes é o alotransplante de células medulares adrenais ou mesencefálicas de fetos, sendo o último o local mais pesquisado.

matéria retirada do site: http://www.doencadeparkinson.com.br/resumodp.htm

sexta-feira, 21 de agosto de 2009







O câncer na terceira idade

  • Com o aumento da expectativa de vida, aumentam também os casos de câncer nos idosos - Nos últimos anos, a expectativa de vida aumentou em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do IBGE, a expectativa de vida em 2006 era de 72 anos, dois anos a mais do que a expectativa em 2000. Entretanto, esse maior tempo de vida também está gerando um aumento do número de idosos com câncer. Segundo dados da ONU, os indivíduos com mais de 65 anos de idade tem onze vezes mais probabilidade de desenvolver câncer do que uma pessoa mais jovem. Ainda de acordo com esses dados, uma em cada três mulheres e um em cada quatro homens, entre 60 e 79 anos, desenvolverão algum tipo de câncer.

  • Os tipos de câncer com mais incidência nos idosos são os tumores de pele, sendo o Brasil o segundo país do mundo em incidência desse tipo de câncer, atrás apenas da Austrália. Os tumores ginecológicos e de mama na mulher, e os tumores de próstata e vias urinárias no homem também são bastante comuns. “Câncer é uma patologia principalmente ligada aos hábitos e estilo de vida.Quanto mais envelhecemos, maior a probabilidade de termos câncer. Com uma maior população idosa, existe a necessidade de termos uma equipe interdisciplinar para tratar e prevenir as complicações decorrentes do tratamento do câncer”, considera a professora da pós-graduação Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia do Grupo CBES, Dra. Ângela Marx.

  • O tratamento do câncer na terceira idade precisa ser diferenciado, pois o idoso tem características completamente diferentes do adulto. Uma das diferenciações no tratamento é a abordagem da fisioterapia, que abrange desde a prevenção até o tratamento de patologias que limitam a funcionalidade do idoso. “Pode-se incluir nessas patologias, desde a recuperação neurológica, ortopédica, reumatológica até a reabilitação após cirurgias e tratamentos mais agressivos, como o câncer”, explica Dra. Ângela.

  • O fisioterapeuta fornece orientações ao idoso e faz o tratamento de complicações freqüentes no idoso. Duas das maiores queixas é de dores articulares e limitação funcional. De acordo com a Dra. Ângela Marx, a orientação e a realização de exercícios específicos ao idoso ajudam a melhorar sua qualidade de vida, sua cognição, mobilidade, equilíbrio, processo digestório, circulação e podem assegurar uma melhor qualidade de vida.

  • Contudo, a prevenção ainda é o fator mais importante. Todos os homens acima de 40 anos devem fazer o exame de próstata anualmente. As mulheres acima de 40 anos precisam fazer uma mamografia todos os anos e ir regularmente ao ginecologista.

  • “Infelizmente, não temos uma cultura preventiva. Ainda falta uma educação para a população saber da importância de idas regulares ao médico, principalmente o idoso. Na terceira idade qualquer doença pode representar um risco muito maior”, frisa Dra. Ângela

matéria retirada do site: http://www.saudelazer.com/

terça-feira, 18 de agosto de 2009



DOENÇA DE ALZHEIMER E TRATAMENTO FISIOTERÁPICO


Resumo:

Esta revisão bibliográfica tem como meta proporcionar melhor compressão sobre a Doença de Alzheimer, buscando entendimento das particularidades inerentes aos portadores desta patologia, dando destaque a ação do fisioterapeuta em relação as alterações motoras e respiratórias, visando a prevenção de possíveis complicações, já que a doença possui um curso progressivo. Os estudos e publicações referentes a atuação da fisioterapia na Doença de Alzheimer são escassos. Mas o trabalho do fisioterapeuta é de fundamental importância para potencializar a capacidade e melhorar a qualidade de vida, evitando complicações debilitantes.Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Fisioterapia.

Introdução:

  • Entre as doenças que afetam o cérebro, o mal de Alzheimer é uma das mais cruéis. Ela se instala lentamente e mina a capacidade do indivíduo de se relacionar com o mundo exterior e consigo mesmo.A doença de Alzheimer é uma doença neuropsiquiátrica progressiva do envelhecimento encontradas em adultos de meia-idade e, particularmente, em mais velhos, que afeta a substância cerebral e é caracterizada pela perda inexorável da função cognitiva, bem como distúrbios afetivos e comportamentais. A principal causa de demência em adultos com mais de 60 anos, o mal de Alzheimer, é responsável por alterações de comportamento, de memória e de pensamento. A doença se caracteriza pela morte gradual de neurônios, as células nervosas do cérebro. As causas desse desastre são pouco conhecidas. Sabe-se que ele está relacionada a um acúmulo de duas proteínas, a beta-amilóide .

Doença de Alzheimer


  • A doença de Alzheimer caracteriza-se pela atrofia do córtex cerebral. O processo geralmente é difuso, mas pode ser mais grave nos lobos frontal, parietal e temporal. O grau de atrofia varia .O envelhecimento normal do cérebro também se acompanha de atrofia, há uma superposição no grau de atrofia do cérebro de pacientes idosos com Alzheimer e pessoas da mesma idade afetadas pela doença. Ao exame microscópio, há perda tanto de neurônio como de neurópilo no córtex e, ocasionalmente, se observa uma desmielinização secundária na substância branca subcortical. Com o uso da morfometria quantitativa, a maior perda é a de grandes neurônios corticais

  • Os achados mais característicos são placas senis e emaranhadas neurofibrilares argentofílicos. A placa senil é encontrada em todo o córtex e hipocampo e o número de placas por campo microscópio correlaciona-se com o grau de perda intelectual. Emaranhados neurofibrilares são estruturas fibrilares intracitoplasmáticas neuronais.A degeneração e a perda neuronal são gerais, embora especialmente acentuadas nas células piramidais do hipocampo e células piramidais grandes no córtex associativo. A degeneração aparece cedo no núcleo basal de Meynert e mais tarde nos lócus coeruleos. A patologia inclui a presença de desarranjos neurofibrilares, placas neuríticas e degeneração granulovacuolar. Os desarranjos são massas intraneurofibrilares de filamentos citoplásticos.

Epidemiologia

  • Nos EUA, a prevalência da doença de Alzheimer em pessoas de 65 anos de idade ou mais é estimada como sendo de 10,3 %, elevando-se para 47 % naquelas acima de 80 anos. Até 2,6 % das pessoas acima dos 65 anos vem apresentar a Doença de Alzheimer anualmente. A freqüência varia pouco por sexo ou grupo étnico.

    Etiologia:

  • Embora a causa da Doença de Alzheimer não tenha sido estabelecida, há fortes suspeitas de uma base genética. A concordância para Doença de Alzheimer em gêmeos homozigóticos é maior que em gêmeos dizigóticos.
    Agentes infecciosos e contaminantes ambientais, incluindo vírus lentos e metais (por exemplo o alumínio) são fatores etiológicos suspeitos. Os papéis destes fatores ainda não foram comprovados; no entanto, estes fatores ambientais estão sendo submetidos à investigação ativa.

  • O envelhecimento normal está associado com decréscimo de alguns neurotransmissores, bem como com alguns dos achados neuropatológicos da doença. Portanto, surgiu a questão sobre se a doença seria devido a uma aceleração das alterações normais do envelhecimento.
    As lesões crânio encefálicas, baixos níveis de instrução e síndrome de Down em um parente em primeiro grau também se associa a maior risco de doença de Alzheimer.

  • O quadro clínico da DA caracteriza-se por um declínio insidioso, progressivo da memória e de outras funções corticais como linguagem, conceito, julgamento, habilidades visuo-espaciais.
    Progressivamente instalam-se alterações intelectuais e de esfera afetiva, mas sobressaem os distúrbios de funções simbólicas: apraxias, agnosias (perda da capacidade de interpretar o que vê, ouve ou sente) e afasias. Pode ocorrer manifestação psicótica, como delírios e crises convulsivas.

  • Apresentam geralmente delírios de infidelidade conjugal e roubos. Esses pacientes podem vagar, marchar, abrir e fechar gavetas rapidamente, bem como fazer as mesmas perguntas várias vezes.
    Anormalidades do ciclo sono-vigília podem tornar-se evidentes, como ficar acordado durante a noite, por pensar que ainda é dia claro.
    Alguns pacientes desenvolvem uma marcha arrastada, com rigidez muscular generalizada associada à lentidão e inadequação do movimento. Possuem com freqüência um aspecto parkinsoniano, mas raramente tem tremor em repouso rápido e rítmico. Podem evidenciar reflexos tendíneos hiperativos e reflexos de sucção e muxoxo. Abalos mioclônicos (contrações bruscas breves de vários músculos ou de todo o corpo) podem ocorrer espontaneamente ou em respostas a estímulos físicos ou auditivos.

  • As perdas cognitivas aumentam e o indivíduo evolui até ficar totalmente dependente de outros para a execução de suas atividades mais básicas. Em estágios mais avançados passa a não se alimentar, engasgar-se com a comida e saliva, o vocabulário fica restrito a poucas palavras, perde a capacidade de sorrir, sustentar a cabeça, fica acamado e a morte sobrevém em conseqüência de complicações como pneumonia, desidratação ou sepse.

  • A demência senil do tipo Alzheimer pode ainda ser subdividida de acordo com o estágio clínico, mas existe grande variabilidade e a evolução dos estágios freqüentemente não é tão ordenada como se poderia deduzir da descrição que vem seguir:

  • Estágio Inicial: perda da memória recente, incapacidade de aprender e reter informações novas, problemas de linguagem, labilidade de humor e, possivelmente, alterações de personalidade. Os pacientes podem apresentar dificuldade progressiva para desempenhar as atividades de vida diária. Irritabilidade, hostilidade e agitação podem ocorrer como resposta à perda de controle e de memória. O estágio inicial, no entanto, pode não comprometer a sociabilidade.

  • Estágio Intermediário: completamente incapaz de aprender e lembrar de informações novas. Os pacientes se perdem constantemente, freqüentemente a ponto de conseguirem encontrar o seu próprio quarto ou banheiro. Embora continuem a deambular, estão em risco significativo de quedas ou acidentes secundários à confusão. O paciente pode precisar de assistência nas AVDs. A desorganização comportamental ocorre na forma de perambulação, agitação, hostilidade, falta de cooperação ou agressividade física. Neste estágio, o paciente já perdeu todo o senso de tempo e lugar.

  • Estágio grave ou terminal: incapaz de andar, totalmente incontinente e incapaz de desempenhar qualquer AVD. Podem ser incapazes de deglutir e podem necessitar de alimentação por sonda nasogastrica. Estão em risco de pneumonia, desnutrição e necrose da pele por pressão.
    A evolução da doença é gradual, e não rápida ou fulminante; existe um declínio constante, embora os sintomas em alguns pacientes pareçam se estabilizar durante algum tempo. Não ocorrem sinais motores ou outros sinais neurológicos focais ate tardiamente na doença. A duração típica da doença é de 8 a 10 anos, mas a evolução varia de 1 a 25 anos. Por motivos desconhecidos, alguns pacientes com Alzheimer evidenciam um declínio gradual e lento da função, enquanto outros têm platôs prolongados sem deterioração importante.

  • O estágio final da doença de Alzheimer é coma e morte. Dentre as principais características estão:

  • Perda de memória: pode ter conseqüência na vida diária, de muitas maneiras, conduzindo a problemas de comunicação, riscos de segurança e problemas de comportamento.
    Memória episódica: é a memória que as pessoas têm de episódios da sua vida, passando do mais mundano ao mais pessoalmente significativo.

  • Memória semântica: esta categoria abrange a memória do significado das palavras, como por exemplo, uma flor ou um cão.
    Memória de procedimento: esta é a memória de como conduzir os nossos atos quer física como mentalmente, por exemplo, como usar uma faca e um garfo, ou jogar xadrez.

  • Apraxia: é o termo usado para descreve a incapacidade para efetuar movimentos voluntários e propositados, apesar do fato da força muscular, da sensibilidade e da coordenação estarem intactas.

  • Afasia: é o termo utilizado para descrever a dificuldade ou perda de capacidade para falar, ou compreender a linguagem falada, escrita ou gestual, em resultado de uma lesão do respectivo centro nervoso.

  • Agnosia: é o termo utilizado para descrever a perda de capacidade para reconhecer o que são os objetos, e para que servem.

  • Comunicação: As pessoas com doença de Alzheimer tem dificuldades na emissão e na compreensão da linguagem, o que, por sua vez, leva a outros problemas.

  • Mudança de personalidade: uma pessoa que tenha sido sempre calma, educada e afável pode comportar-se de uma forma agressiva e doentia. São comuns as mudanças bruscas e freqüentes de humor.

  • Mudanças físicas: a perda de peso pode ocorrer, redução de massa muscular, escaras de decúbito, infecções, pneumonia.A evolução é progressiva, inevitavelmente em incapacidade completa e morte. Ás vezes há estabilizações, durante as quais o distúrbio cognitivo permanece inalterado por um ou dois anos, mas depois a progressão é retomada. A duração é geralmente entre 4 a 10 anos, com extremos de menos de 1 ano e a mais de 20 anos.

  • Tratamento: por enquanto, não existe tratamento preventivo ou curativo para a doença de Alzheimer. Existe uma série de medicamentos que ajudam a aliviar alguns sintomas, tais como agitação, ansiedade, depressão, confusão e insônia. Infelizmente, estes medicamentos são apenas eficazes para um número limitado de doentes, apenas por um breve período de tempo e podem causar efeitos secundários indesejados. Por isso, aconselha-se geralmente a evitar a medicação, a menos que seja realmente necessária.

  • Descobriu-se que os doentes que têm a doença de Alzheimer têm níveis reduzidos de acetilcolina, um neurotransmissor (substância química responsável pela transmissão de mensagens de uma célula para outra) que intervém nos processos da memória.
    Foram introduzidos, em alguns países, determinados medicamentos que inibem a enzima responsável pela destruição da acetilcolina.
    Os resultados no tratamento da doença são difíceis e frustrantes, pois não há medidas específicas e a ênfase primária é o alívio em longo prazo dos problemas comportamentais e neurológicos associados.

  • O tratamento é multimodal, desenvolvido e modificado com a progressão da doença, podendo ser obtido através da intervenção farmacológica (visando à fisiopatologia e sintomas da doença como ilusões e distúrbios do sono) e da intervenção comportamentais (melhora sintomas específicos bem como as AVDs).
    Atualmente os agentes farmacológicos empregados no tratamento visam inibir a acetilcolinesterase para aumentar os níveis de acetilcolina diminuídos no cérebro dos pacientes com Alzheimer.

  • Os inibidores utilizados atualmente (utilizados apenas em doenças com déficit colinérgico como Alzheimer) são: Tacrina (melhora apatia e ansiedade), Donepezil.
    Fisioterapia: Designa a habilitar o indivíduo comprometido funcionalmente, a novamente desempenhar suas AVDs, da melhor maneira e pelo menor tempo possível, com mais autonomia.

  • Os principais aspectos da assistência são preventivos, elaborados para manter o indivíduo mais ativo e independente possível. No maior grau que for possível, a atividade deve ser encorajada para manter a força, ADM e estado de alerta .Promover somente a ajuda que é absolutamente necessária, com os pacientes continuando a realizar sozinhos máximo de AVDs possível; o paciente precisa ser capaz de lembrar o comando, identificar o objeto (exemplo, escova de dente), e realizar a ação motora.

  • O processo de reabilitação também inclui a realização de modificações ambientais necessárias para segurança do paciente e de modo que esse possa viver em um ambiente o mais aberto possível.

  • Quedas podem ser devido a riscos ambientais o mais (iluminação inadequada, pisos escorregadios, tapetes soltos, etc). Tais riscos devem ser evitados. Os ambientes devem manter um apresentação familiar (não mudar a disposição da mobília desnecessariamente) e barras presas na parede e corrimãos devem ser instalados nos locais necessários.

  • As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que usamos nas pessoas de terceira idade que não apresentam demência, mas a maneira de aborda-las exige habilidade especial. O paciente pode não aparecer interessado em saber como a falta de flexibilidade articular, a fraqueza muscular ou o edema poderão afeta-lo; não tem condições de entender a relação que existe. O preparo antecipado dos planos de terapêutica impede que o fisioterapeuta pareça indeciso.

  • O preparo de explicações claras e simples darão melhores resultados. A instrução deverá ser repetida da mesma forma; o emprego das palavras diferentes poderá confundir o paciente. Não é aconselhável entrar em conversas desnecessárias, pois podem desnorteá-lo mais ainda.Lançar mãos de gestos e sinais físicos para esclarecer e reforçar as instruções exigentes.
    São comuns as alterações de sensibilidade, por isso evitar atração, a eletroterapia e os equipamentos que exigem colaboração de participação subjetiva. O calor somente deve ser usado naqueles capazes de reconhecer e dizer quanto é demasiado quente.
    O estabelecimento de metas realizáveis no tocante à mobilidade é muito útil. Mesmo as realizações mais modestas merecem ser recompensadas por parabéns e pelo interesse que o fisioterapeuta demonstra pela pessoa.

  • A meta de reabilitação precisa ser redefinida para assegurar que o paciente permaneça seguro, independente, e capaz de realizar atividades da vida diária e atividades instrumentais da vida pelo máximo de tempo que for razoável.
    O processo de reabilitação pode começar enquanto o trabalho de diagnóstico está ainda sendo feito. Isso pode tornar a forma de treinamento básico em atividades da vida diária. Isso inclui o treinamento de atendentes para a assistência de paciente e a reabilitação de modificações ambientais necessárias para a segurança da pessoa confusa de modo que essa possa viver em um ambiente o mais aberto possível.
    Uma vez o diagnóstico tenha sido estabelecido, pode ser feito o planejamento cuidadoso para a assistência.Nos estágios iniciais e médios da doença, a intervenção fisioterápica geralmente pode prolongar a habilidade de movimentar-se com facilidade.

  • É importante observar que inicialmente a intervenção fisioterápica pode ser potencialmente envolvida com a facilitação do planejamento motor e planejamento para compensação de perdas nas atividades de vida diária. A habilidade para andar é perdida mais tarde, e outros estudos relatam níveis comparáveis de comprometimento.
    A intervenção fisioterápica para assistir o paciente e treinar os atendentes envolve a facilitação dos movimentos e planejamentos motor e o desenvolvimento ou refinamento de pistas ambientais e cognitivas para ajudar a realizar tarefas complexas.


  • O comprometimento cognitivo é o fator limitante. A análise ajuda o atendente a prover somente a ajuda que é absolutamente necessária, com os pacientes continuando a realizar sozinhos o máximo de AVDS possível; por exemplo, para escovar os dentes, o paciente precisa ser capaz de lembrar o comando, identificar a escova de dentes, e realizar a ação motora. O paciente pode somente precisar de ajuda de alguém que coloque a escova em sua mão e a guie lentamente para a boca para que seja capaz de escovar os dentes.
    A primeira meta da reabilitação é criar um ambiente (emocional e físico) que dê suporte (trabalhar ativamente para compensar as perdas cognitivas específicas dos pacientes na medida em que forem ocorrendo gradualmente). A meta final é ajudar os pacientes a sentirem que eles são capazes, de modo que continuem a tentar fazer por si próprios as coisas que possam fazer com segurança, independentemente de permanecerem em sua casa ou estarem vivendo em uma instituição.
    Em cada sessão os movimentos precisam ser equilibrados com períodos adequados de repouso para assegurar que o paciente não atingirá o ponto de fadiga e exaustão. São preferíveis freqüentes e breves períodos de atividade física .
    O fisioterapeuta pode contribuir muito com a melhora da qualidade de vida do paciente e da família.



Objetivos da reabilitação fisioterápica:




- Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,- Evitar ou diminuir complicações e deformidades.

- Manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório),- Manter ou devolver a ADM funcional das articulações.

- Evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito),- Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular.

- Incentivar e promover o funcionamento motor e mobilidade.

- Orientação sobre as posturas corretas.

- Treino do padrão da marcha.

- Trabalhar os padrões do funcionamento sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica).

- Manter ou recuperar a independência funcional nas atividades de vida diária.
Consiste basicamente na fisioterapia motora, que engloba desde exercícios ativos, passivos, auto-assistidos, contra-resistência, isométricos, metabólicos, isotônicos, ou seja, qualquer tipo de movimento é bem vindo no tratamento.

  • Quando chega a uma segunda fase esta patologia, deve-se estimular atividades para que o paciente não fique o tempo inteiro na cama, evitando assim escaras de decúbito, comumente relatadas. Alongamentos e atividades de relaxamento podem ser realizados.
    Outras modalidades de tratamento são eficazes, como a parte de exercícios para o condicionamento aeróbico, como estimular o paciente a realizar caminhadas, tanto por percursos diferentes, ou dependendo pelo mesmo percurso, estimulando assim concomitantemente a memória do paciente. Bicicletas estacionárias também são de grande valia, assim como se possíveis trabalhos de hidroterapia.
    Exercícios para propriocepção e equilíbrio são fundamentais para a desenvoltura do paciente, como exercícios com bastões, bola, descarga de peso gradual, andadores, percursos.

  • Pode realizar atividades em que se estimule o raciocínio do paciente, como atividades de escrever, decorar palavras, nomear objetos, que levam a um estímulo da memória .Porém a principal atitude a ser tomada é a companhia que este paciente precisa, nunca deixa-lo no abandono, por isso a conversa com familiares sobre o assunto é importante, para que assim este paciente possa conviver normalmente num meio familiar, eliminando o risco de passar o resto de sua vida num asilo .ConclusãoExiste uma busca de uma melhor qualidade de vida para os pacientes e dos vários tipos de tratamento para a doença de Alzheimer, com o objetivo de amenizar os sintomas. Porém enquanto não for descoberta a etiologia dessa patologia, torna-se difícil chegar á cura dessa doença.

  • A fisioterapia busca melhoria na qualidade de vida do paciente, sendo que o paciente com Alzheimer necessita de uma reabilitação global, envolvendo uma equipe multidisciplinar, e que a fisioterapia tem um papel fundamental tanto na reabilitação motora quanto no retorno as relações interpessoais e na obtenção de independência por parte do paciente.

  • matéria retirada do site: www. fisioweb.com.br